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Notícias / Política

19/10/2022 às 08:00

Abílio se defende de acusações e diz que não ameaçou alunos e não invadiu o DCE da UFMT

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o deputado federal eleito retirando adesivos pró-Lula e conversando com alunos da universidade

Paulo Henrique Fanaia

Abílio se defende de acusações e diz que não ameaçou alunos e não invadiu o DCE da UFMT

Foto: Paulo Henrique Fanaia / Leiagora

O deputado federal eleito Abílio Brunini (PL) negou as acusações feitas pelos alunos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) de que ele invadiu o Diretório Central dos Estudantes (DCE) na última sexta-feira (14) e ameaçou os alunos para que eles tirassem propagandas eleitorais em favor do candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com Abílio, ele foi até o local pois recebeu uma denúncia de propaganda eleitoral indevida e que em nenhum momento discutiu ou usou a visita para fazer autopromoção.
 
“Eu recebi uma denúncia de que estavam colocando uma caixa de som em frente ao restaurante universitário e que estavam usando para falar em defesa do Lula e contra o Bolsonaro. É vedado pela legislação eleitoral o uso de órgãos públicos para fazer manifestação eleitoral”, disse o ex-vereador na manhã dessa segunda-feira (17).
 
Circula pelas redes sociais um vídeo em que Abílio conversa com alunos da UFMT em frente ao DCE. No vídeo, o deputado eleito conversa com os rapazes e retira alguns adesivos pró-Lula que estão colados nas janelas da universidade. Em virtude da visita do parlamentar, no sábado (15) os alunos da instituição fizeram um boletim de ocorrência no qual relatam que o ex-vereador invadiu o DCE e passou a intimidá-los e ameaçou implodir a sede do diretório.
 
Os alunos também relatam que o ex-vereador, além de retirar os adesivos das janelas, ainda ameaçou dizendo que retornaria para acompanhar uma assembleia geral que os alunos haviam convocado para esta semana.
 
Em conversa com o Daniel Vitor, estudante de Biologia da Universidade Federal e diretor da União Nacional dos Estudantes, todos os dias, durante o almoço e o jantar, o DCE permite que alunos da instituição usem do espaço para se manifestar e fazer sua fala.
 
“Ele [Abílio] veio até o DCE e tentou fazer a coação perguntando por que estávamos fazendo a assembleia. Eu disse que é um ato legitimo do DCE e que temos autonomia pra fazer isso. Aí ele começou atacar dizendo que ia no Ministério Público, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que ele tinha poder. Ele começou a arrancar as coisas do DCE, o que não pode ser feito, porque ele não é estudante. Pela fama que ele tem de ser raivoso e cheio de ódio, os estudantes ficaram com medo”, disse Daniel.
 
Os alunos contam que registraram o boletim de ocorrência pois foram orientados pelos advogados do sindicato que os representam. 

Além de negar as ameaças e as invasões, Abílio diz que os alunos fizeram o boletim de ocorrência com intenção de se vitimizarem e diz que irá tomar as medidas judiciais cabíveis caso seja falsamente acusado. 

“Os meninos, acho que na intenção de se vitimizar e isso é muito comum no movimento de esquerda, foram fazer algum tipo de vitimismo ou alguma coisa pra aparecer, talvez até pra promover a reunião deles. Só que uma coisa tem que ser levantado, boletim de ocorrência não é instrumento que você pode fazer aleatoriamente só pra poder promover um movimento. É uma denúncia que vai ser investigado e todas as denúncias são caluniosas", afirmou o ex-vereador.

Ainda nessa terça-feira (18), Abilio conseguiu uma liminar na Justiça Eleitoral para retirar uma faixa que promove o candidato a presidente Lula que está na entrada da universidade e os fiscais eleitorais iriam acompanhar a assembleia do DCE para averiguar se não seria realizada distribuição de material de campanha do petista. 
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