Depois de quase quatro dias de julgamento, foram condenados pelo júri popular, em Juara, os acusados de serem os mandantes do assassinato do ex-prefeito de Colniza, Esvandir Antônio Mendes, de 61 anos. O resultado do júri, ocorrido na semana passada, foi divulgado nessa quarta-feira (26).
A soma das penas fixada na sentença é superior a 45 anos de prisão, para cada um dos dois réus, em regime inicialmente fechado.
Antonio Rodrigues Neto está preso na Penitenciária Central do Estado, enquanto Yana Fois Coelho Alvarenga está na Ana Maria do Couto, ambos desde 2017.
Por decisão fundamentada do magistrado os réus participaram da sessão por meio de videoconferência, já que estão presos na capital e havia risco concreto de fuga durante o deslocamento até Juara.
O júri condenou ambos os acusados por homicídio qualificado consumado, três tentativas de homicídio qualificado, associação criminosa, receptação e entrega de veículo automotor a pessoa não habilitada.
O caso
O assassinato ocorreu no dia 15 de dezembro de 2017 quando a vítima dirigia seu veículo na entrada do Município de Colniza, e sofreu vários disparos de arma de fogo, morrendo no local. Estavam no carro junto com o ex-prefeito a esposa dele, uma terceira pessoa e o Secretário de Finanças do Município, Admilson Ferreira dos Santos, de 41 anos, que também foi atingido por dois disparos, mas sobreviveu.
O processo tramita na Comarca de Colniza e corre em segredo de justiça, porém, por decisão do Tribunal de Justiça foi determinado o desaforamento do julgamento dos mandantes para a Comarca de Juara, devido à grande repercussão do caso.
Os dois acusados de serem executores do crime já haviam sido julgados em júri popular realizado em outubro do ano passado na Comarca de Colniza. Ambos foram condenados a mais de 25 anos de prisão.
Ainda cabe recurso
De acordo com o juiz Fabio Alves Cardoso, que conduziu a sessão do Júri, “apesar da grande complexidade, o julgamento transcorreu dentro da absoluta normalidade, especialmente porque foram tomadas todas as medidas de precaução relativas à segurança do evento. Em relação à participação dos réus de forma remota não houve nenhum prejuízo, pois foram disponibilizados dois links de acesso ligando em tempo real os estabelecimentos prisionais e o plenário do júri em Juara, sendo um deles usado para interação com todos os participantes da solenidade e o outro para conversa reservada com a defesa técnica durante todo o julgamento”, pontuou o juiz.
