O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Eduardo Botelho (União), reconhece a legitimidade das manifestações em protesto contra o resultado do segundo turno da eleição presidencial, mas se posiciona contra as obstruções de rodovias. No entanto, se posiciona contra o pedido de intervenção militar. Para o parlamentar, os protestos são democráticos, mas não devem interferir no direito de ir e vir das pessoas.
“Isso não é constitucional, isso não é legal, isso não tem aprovação de ninguém, nem do presidente. Na primeira fala dele, ele deixou claro que isso não é algo que esteja previsto na Constituição. Agora, protesto faz parte do jogo democrático, manifestar contra o resultado. Você pode manifestar, mas você não pode ir além do seu direito e ferir o direito das pessoas de ir e vir”, disse Botelho.
Ele ainda afirma que não tem cabimento os manifestantes pedirem intervenção militar por conta do resultado das urnas.
“Eu, particularmente, que trabalhei e participei na primeira greve que teve na Universidade Federal em 78 contra o regime militar, sei o que é uma ditadura. Ninguém quer isso mais, todo mundo viu que isso não é legal, não é bom. Quem está pedindo isso está fora da realidade”, completou.