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07/11/2022 às 16:00

Estudo desenvolvido na UFMT aborda impactos da Covid Longa

Pesquisa do Instituto de Saúde Coletiva tem diferentes recortes

Leiagora

Estudo desenvolvido na UFMT aborda impactos da Covid Longa

Foto: Reprodução

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) conta com o primeiro estudo que aborda os dados da Covid Longa no Brasil. Sob a condução da professora do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) Ana Paula Muraro o estudo publicado na revista Ciência e Saúde Coletiva abordou dados preliminares de óbitos por região geográfica, local de ocorrência, entre outros fatores. O estudo é inédito e avançou para o mapeamento da situação da Covid no Brasil, especialmente em sua modalidade longa.

A professora explica que o estudo aborda especialmente os óbitos causados por consequência da pandemia. “O artigo apresenta pela primeira vez a magnitude dos óbitos por covid longa no Brasil a partir dos registros oficiais do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Nós verificamos que 1,6 registros de óbito em cada mil em 2021 foi devido às condições posteriores à Covid-19, ou seja, óbitos que foram por consequência da pandemia de covid-19”, ressalta.

O estudo aponta que foram registrados 2.948 mortes por motivos posteriores à Covid-19. Os números variam entre regiões e também entre faixas etárias. “Mesmo com possíveis subnotificações, pois as orientações do código pós-covid foram publicadas pelo Ministério da Saúde em maio de 2021, podemos verificar o importante número de óbitos por essa causa, com impacto no perfil da mortalidade do Brasil”, pontua a professora Ana Paula Muraro. A pesquisa mostra ainda que mais da metade dos óbitos aconteceu entre homens, acima de 60 anos e de cor de pele branca.

Estudo oferece perspectivas para o futuro

De acordo com a professora do Instituto de Saúde Coletiva, “para conhecer o impacto da Covid-19 na mortalidade da população, é importante considerar não apenas a mortalidade da fase aguda, mas todas suas consequências para a saúde da população”. Ana Paula Muraro destaca ainda que “conhecer o número de óbitos por Covid longa contribui no conhecimento desse impacto, além de fortalecer a necessidade do registro adequado da causa básica dos óbitos para viabilizar estudos como este”. O estudo concluiu que as mortes foram diferentes entre as regiões do Brasil

“Nós verificamos que a maioria dos óbitos ocorreu entre idosos, entretanto, foi maior a proporção de óbitos entre pessoas de menor faixa etária nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, a alta proporção de registros sem informação sobre escolaridade também foi uma limitação para avaliação desse perfil. Estudos futuros podem ajudar a compreender melhor o perfil desses óbitos e avaliar iniquidades em saúde”,  analisa a professora do ISC. 

A professora explica que a pesquisa aponta a necessidade de continuar estudando o tema para compreender a evolução da Covid no Brasil. “O estudo aponta a necessidade de estudos voltados para a revisão de todas as causas de mortes associadas a sintomas respiratórios pelos serviços de vigilância epidemiológica desde o início da pandemia. Bem como estudos com objetivo de avaliar melhor o perfil desses casos e óbitos no Brasil”, relata a professora Ana Paula Muraro. Para ver o material completo basta acessar o artigo “Óbitos por Covid Longa no Brasil em 2021” na revista Ciência e Saúde Coletiva.

 
UFMT
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