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Notícias / Eleições

15/11/2022 às 18:00

Fotos e Vídeos | Marchas, orações e pedido pelo código fonte marcam 16º dia de manifestação em Cuiabá

O grupo está reunido em frente à 13ª Brigada, na Avenida do CPA, e se intensificou neste feriado que foi marcado por ato em vários outros estados

Da Redação - Alline Marques / Reportagem local - Paulo Henrique Fanaia

O feriado da Proclamação da República foi marcado pelas manifestações que ocorreram em todo o país em frente aos quartéis do Exército. O movimento, chamado de Resistência Civil, pede pela investigação das eleições e transparência com a liberação do código fonte das urnas. Em Cuiabá durante todo o dia, o grupo que fica em frente à 13ª Brigada de Infantaria Motorizada foi ganhando reforços com novos apoiadores que foram chegando no acampamento. 

Ao som do hino nacional, manifestantes marcharam, ajoelharam para rezar, entoaram cantos religiosos, e pediram SOS FFAA, que é um pedido de socorro às Forças Armadas. O grupo pede pela liberação do código fonte, mas também carregam cartazes com dizeres como Supremo é o Povo, e não demonstram desânimo apesar de chegarem ao 16º dia de protesto. O movimento iniciou-se ainda no dia 30 de novembro, logo após ser anunciado o resultado das eleições, com bloqueios nas rodovias, mas diante de decisão judicial para que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) liberasse as estradas e até mesmo um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL), o grupo migrou para os quartéis. 

Durante a tarde desta terça-feira (15), os manifestantes que estão em frente à 13ª Brigada também pediram para que os vídeos e fotos feitos durante o protesto fossem para as redes sociais para mostrar que o grupo está forte e não irá recuar. Por questão de segurança, a Avenida do CPA sentido bairro-centro está fechada e um desvio foi montado e está sendo organizado pela Polícia Militar e Secretaria de Mobilidade Urbana. A outra via continua liberada. 

“Queremos liberdade para falar sobre Deus. Queremos a defesa da família, não queremos a ideologia de gênero nas escolas. Não queremos também o Poder Judiciário interferindo na vida das pessoas. Queremos transparência nas eleições e a mídia não vai mostrar o nosso movimento, você é o nosso maior repórter, o patriota. Pegue seu celular, filme, poste, porque isto pode ter uma projeção enorme. A direita só começou há 4 anos, enquanto temos a esquerda há 30 anos no poder. A universidade está carregada de ideologia, escola com partido influenciando nossas crianças, não queremos isso”, discursou um dos participantes do ato no microfone. 



A equipe de reportagem do Leiagora esteve presente no ato e conversou com o empresário Joacir Aguiar, que é de Cuiabá e vai todos os dias para frente do quartel desde o dia 31 de novembro, um dia após as eleições. Ele vai acompanhado dos três filhos, esposa, irmã e outros integrantes da família. O manifestante faz questão de reforçar que se trata de um atos pacíficos formado por pessoas de bem que cobram por justiça. 

“Precisamos que nosso país abra os olhos e a gente viu que o patriota acordou. Hoje a gente passa pelas casas e vê bandeiras nas portas das residências. Só por isso já é uma demonstração de que o povo está acordando e a gente conta com isso para melhorar a situação do país e obviamente de todos. Queremos melhorar num todo, não apenas a nossa vida. Esperamos que mais pessoas venham, que as pessoas que estão indignadas, mas que estão em casa venham mostrar para sociedade que são pessoas de bem que querem fazer parte dessa onda verde e amarela do Brasil”, declarou.

Sobre a rotina do movimento, Joacir conta que costuma chegar todos os dias em frente ao quartel por volta das 17h30 e fica normalmente até umas 21h30. Em geral o grupo fica até as 22h, porém, muitos são do interior e montaram acampamento e dormem ali mesmo, mas o empresário ressalta a organização.

“Aqui tem o setor que distribui alimentos e água sem custo nenhum para sociedade e o mais importante, ninguém está cobrando para vir aqui. Vem por livre e espontânea vontade. Somos pessoas de bem.  A esquerda sempre usou dessa forma de conturbar o nosso país, nós que produzimos para o país não queremos fazer algazarra, queremos mostrar que estamos indignados, mas com atos pacíficos. Não tem nenhum tipo de algazarra, somos pessoas pacíficas e é possível ser ouvido sem bagunça”, declarou. 

Joacir fez questão também de afirmar que não concorda com o fechamento de estrada e disse que ainda confia nos poderes do país, por tanto não acha que medidas extremas se façam necessárias, neste momento. “Acredito que possamos ser ouvidos de uma forma mais pacífica, ordeira, dentro das quatro linhas da Constituição”. 

O manifestante também faz questão de reforçar o pedido para que a Justiça Eleitoral libere o código fonte para que as Forças Armadas possam investigar para acabar, de vez, com qualquer dúvida. Ele reforça que o grupo apenas pede por transparência e uma auditoria no sistema como ocorre em empresas privadas. 




“Não tenho dúvida que as forças armadas são formada de pessoas extremamente inteligentes, elas não podem meramente sair às ruas, fazer com que a população entre numa guerra civil, cabível, que não existe lisura, cabe ao Supremo provar que não tem falcatrua e aí sim acabar de vez com qualquer dúvida”,  afirmou. 

Durante todo o dia o grupo se organiza com tendas separadas para o café da manhã e lanches, outra para o almoço, que geralmente é churrasco e ainda tem uma capela, onde são feitas orações 24 horas por dia, de acordo com um dos manifestantes que prefere não se identificar. 

O grupo não pretende recuar até que a Justiça Eleitoral forneça o código fonte para que as Forças Armadas possam investigar de fato o sistema das urnas.


 
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