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Notícias / Polícia

30/11/2022 às 12:27

Policiais que acompanharam invasão de casa com delegado serão ouvidos pela Corregedoria da PJC

Como estavam cumprindo ordens, a Corregedoria quer saber quais foram as condutas dos agentes do GOE, a forma de agir e quem solicitou o apoio da equipe

Paulo Henrique Fanaia

Policiais que acompanharam invasão de casa com delegado serão ouvidos pela Corregedoria da PJC

Foto: Reprodução

Os policiais da Gerência de Operações Especiais (GOE) que participaram da ação comandada pelo delegado da Polícia Civil, Bruno França Ferreira, serão ouvidos nesta quarta-feira (30) na Corregedoria Geral da Polícia Civil, que começa a apurar a conduta do delegado que é acusado de invasão de domicílio e abuso de autoridade. A informação foi confirmada pelo corregedor auxiliar da PJC, Marcelo Felisbino durante coletiva de imprensa concedida na manhã desta quarta-feira (30).
 
De acordo com o corregedor, neste primeiro momento serão apuradas as condutas tomadas pelos agentes do GOE, a forma como agiram e por quem foram acionados. Estas oitivas dão início aos trabalhos preliminares para apurar a conduto de Bruno França Ferreira.
 
“Eles [agentes do GOE] participaram de todo o ato, então temos que apurar qual a responsabilidade de cada um naquela ação. Vamos avaliar a atuação dos servidores e vamos apurar como foi a conduta, como agiram e como foram acionados”, disse Marcelo Felisbino durante coletiva de imprensa concedida na sede da Corregedoria da Polícia Civil na manhã desta quarta.
 
Por estarem cumprindo ordens, os policias serão os primeiros a serem ouvidos pelos corregedores, que devem também fazer a oitiva das vítimas, do advogado que acompanhou a família até a delegacia e do delegado acusado.
 
Sobre o prazo para o término das investigações, o corregedor Marcelo prefere não estabelecer uma data certa. Segundo ele, o prazo padrão gira em torno de 30 dias, podendo ser prorrogado, porém, como as investigações ainda estçao no início, esse prazo ainda não há como ser definido.
 
O caso
 
O delegado da Polícia Civil, Bruno França Ferreira, está sendo acusado de invasão de domicílio e abuso de autoridade por ter invadido a casa de uma mulher na noite de segunda-feira (28) em um condomínio de luxo em Cuiabá e efetuado a prisão ilegal da vítima. Imagens da câmera de segurança instaladas na casa da mulher mostram o delegado invadindo a residência e ameaçando atirar contra a conduzida e contra o marido dela, tudo isso ao som dos gritos de uma criança pequena.
 
O caso tomou repercussão após o vídeo ter sido divulgado por um programa de televisão de Cuiabá. Pelas imagens das câmeras de segurança é possível ver o delegado Bruno batendo com força na porta da casa. Após algumas batidas ele arromba a porta e entra na sala gritando para que a mulher e o marido deitem no chão. Por diversas vezes, o delegado diz para o marido que vai estourar a cabeça da mulher se ela se aproximar novamente de seu enteado.
 
Durante todo o momento, o delegado xinga e grita dizendo que a mulher descumpriu uma medida protetiva de não chegar perto do enteado dele e a mulher grita dizendo que desconhece a medida. Os ânimos são acalmados por agentes policiais altamente armados com fuzis que acompanham o delegado Bruno.
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3 comentários

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  • ALBERTO MELHADO RUIZ 02/12/2022 às 00:00

    Subordinados precisam ter cuidado para não acatar ordens ilegais e não entrar em fria.

  • Pedro 02/12/2022 às 00:00

    O uso de aparato institucional para promoção de ato ilícito motivados por questões de ordem pessoal e o comportamento emocional visivelmente incondizente com a ação de abordagem realizada com arma em punho e a afirmativa de estourar a cabeça de uma INDEFESA E DESESPERADA criança de 04, repito, 04 anos e um casal sem antecedentes criminais ou indícios de periculosidade são fatos inegáveis que merecem, com o rigor da Lei, dizer a esse pleiteante do cargo de servidor público que o Cargo de Delegado NÃO pode ser exercido por pessoas desequilibradas que mancham o nome da nossa Gloriosa Polícia Civil.

  • Esse sujeito não tem preparo para desempenhar a função. E um perigo com uma arma na mão. 01/12/2022 às 00:00

    Sem qualquer preparo para desempenhar a função. PC tem que cortar o mal pela raiz. O cara ainda está em estágio probatório. O que não fará quando for efetivado.

 
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