O senador Wellington Fagundes (PL) já adiantou que a Lei das Estatais não deve passar com facilidade no Senado. Aprovada a toque de caixa na Câmara dos Deputados, o parlamentar mato-grossense deixa claro que é contrário à redução da quarentena para favorecer um caso. Para ele, é preciso aperfeiçoar, mas não apenas atender interesses específicos.
O liberal confirma ainda que a votação ocorreu no “afogadilho”. “Nada de afogadilho é bom. No Senado, vamos discutir, não pode fazer uma lei para beneficiar um caso, então, isso tem repercussão. Fazer uma mudança agora para atender um caso específico, acho que o Senado não vai aprovar”, afirmou.
Porém, apesar de se mostrar contrário à proposta, Fagundes evitou falar qual seria o melhor formato para questão da quarentena. O projeto aprovado na Câmara reduz de 36 meses para 30 dias a quarentena de indicados ao Conselho de Administração e para a diretoria de estatais que tenham ocupado cargos partidários ou participado da estruturação e realização de campanhas.
A medida visa permitir que Aloízio Mercadante possa assumir o comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas a mudança na legislação causou mal-estar no mercado. A Lei das Estatais, criada em 2016, foi uma resposta à Operação Lava-Jato, em busca de uma governança melhor nas empresas públicas.
