Após nota oficial do governo do Estado informar que Alexandre Bustamante deixaria a chefia da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) para se dedicar a projetos na iniciativa privada, o governador Mauro Mendes (União) admitiu se tratar, na verdade, de uma decisão pessoal de governo, baseada em critérios internos.
O agente aposentado da Polícia Federal Alexandre Bustamante foi substituído na chefia da Sesp pelo coronel César Roveri, da Polícia Militar. A escolha, a última feita antes da posse do governador e do secretariado para o novo mandato estadual, quebra o “costume” de nomear alguém de fora da PM ou da Polícia Judiciária Civil, para evitar ciúmes políticos ou privilégios a uma das instituições em detrimento da outra.
“As mudanças no secretariado são naturais e normais, por critérios internos meus, de governador. Todos têm sua competência e habilidades em algum momento no governo cria-se estratégia e excelentes profissionais deixam o governo”, limitou-se a dizer Mendes, quando questionado sobre o assunto, durante coletiva no dia da posse do secretariado (1) para gestão do segundo mandato estadual, no Palácio Paiaguás.
A permanência de Bustamante para o segundo mandato de Mauro Mendes era tida como certa nos bastidores. Servidores da Secretaria de Estado de Segurança e Justiça afirmam que o antigo chefe da pasta chegou a fazer uma reunião com a equipe para garantir a permanência de todos na “nova” gestão.
O governador Mauro Mendes não explicou quais foram os critérios levados em conta para a saída de Bustamante. Por outro lado, a escolha de Roveri foi uma solução caseira, visto que o coronel tinha o status de secretário-adjunto no comando do gabinete Militar do governo, subpasta com a função de garantir a segurança do chefe do Executivo estadual.
Segundo a página oficial da Sesp, Roveri ingressou na PM, em 1998, após passar pelo curso de Formação de Oficiais. Também é bacharel em Direito e possui formação nos cursos de Aperfeiçoamento de Oficiais, Superior de Polícia e é especialista em Defesa Civil. Foi comandante em batalhões de Cuiabá e em Cáceres.
