O retorno de Júlio Campos (União) a um cargo eletivo após 8 anos foi coroado com a presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa, que amplia a força política do deputado estadual no xadrez interno do União Brasil, maior partido de Mato Grosso e, consequentemente, a sigla com maior número de lideranças de destaque.
Apesar de ser do mesmo partido do governador Mauro Mendes (União), Júlio Campos faz parte de outro grupo político dentro do União Brasil, o dos militantes históricos do extinto Partido da Frente Liberal, o qual se transformou em Democratas para depois se fundir ao PSL e se tornar União Brasil.
Com o comando da CCJR, Júlio aumenta a força da própria corrente partidária. Isso porque a comissão é considerada a mais importante da Assembleia Legislativa por concentrar a tramitação de todas as propostas de alteração legislativa. Dessa forma, o deputado terá influência política para facilitar ou dificultar a tramitação de matérias do interesse da gestão Mauro Mendes na Casa de Leis.
Deu o tom
Na primeira entrevista após assumir a presidência da comissão, Júlio Campos adotou discurso de independência e respeito ao regimento da Assembleia Legislativa para evitar “atropelos” e tramitações aceleradas, como ocorrido na legislatura passada.
Nos bastidores, o comentário é que se trata de uma advertência do parlamentar sobre a necessidade de Mauro Mendes dar mais espaço político ao grupo dele, de Dilmar Dal’Bosco e de Eduardo Botelho.
Júlio, assim como o irmão, o senador Jayme Campos, estavam no DEM desde a fundação da sigla, como PFL, em 1985. O grupo do governador Mauro Mendes (União), o qual conta com Fábio Garcia, Mauro Carvalho, Gilberto Figueiredo e outros, só migrou para o partido em 2018, após perder o controle do PSB, na ocasião, para Valtenir Pereira.
O União conta outros grupos de destaque na sigla, um liderado pelo deputado estadual Dilmar Dal’Bosco, o qual é filiado ao mesmo partido desde 2004 e presidiu a sigla antes da chegada do grupo de Mauro Mendes, e portanto tem forte identificação com lideranças municipais do interior.
E outro liderado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, o qual está no DEM/União Brasil desde 2014 e possui grande influência com lideranças da Região Metropolitana de Cuiabá.
Na CCJR, Júlio deverá ser um porta-voz desses grupos no diálogo com a Casa Civil, onde são decididas as questões políticas do governo do Estado.
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