A fim de buscar embasamento para o seu projeto de lei, o deputado estadual Wilson Santos (PSD) irá a São Paulo participar de uma reunião junto a Secretaria de Segurança Pública, para ver, in loco, o funcionamento das câmeras no fardamento dos policiais militares.
A viagem está programada para meados do próximo mês. Os social democrata ainda convidou os membros da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, especialmente o presidente, deputado estadual Elizeu Nascimento (PL).
“Nós conversamos com o gerente, em são Paulo, do programa de câmera nas fardas, já está assegurada a nossa visita em meados de março. Vamos convidar os deputados da Comissão de Segurança, em especial o presidente Elizeu Nascimento, para que nos possamos ouvir os aspectos positivos e negativos dessa implantação, o resultado desse trabalho”, explicou Wilson Santos.
A intenção do parlamentar é fazer com que o seu colega de parlamento mude de ideia quanto a propositura, tendo em vista que ele já se posicionou contra a medida por várias vezes.
“Em São Paulo as câmeras já são usadas nas fardas há mais de dois anos. Queremos aprender com essa experiência, e ao implantar em Mato Groso fazermos isso de maneira tranquila, gradual, observando o que deu errado em são Paulo, para que aqui possamos fazer da maneira correta”, completou.
Na semana passada, Wilson Santos reapresentou o projeto de lei que obriga a instalação de câmeras de vigilância no interior de viaturas, aeronaves, embarcações, fardas ou nos capacetes dos policiais militares de Mato Grosso.
Wilson defende que a gravação das ações policiais resguarda o cidadão contra possíveis excessos praticados por profissionais das forças de segurança, bem como os próprios agentes contra falsas acusações. A proposta prevê a instalação gradativa dos equipamentos por um prazo máximo de um ano após a publicação da Lei.
O projeto foi apresentado em 2022, mas arquivado pela Casa de Leis. Sua retomada ganhou força após a morte do jovem Diego Kalininski, 25 anos, no último sábado (04). Ele foi abatido a tiros por um policial militar após ser retirado de uma festa no município de Vera.
O rapaz teria tomado o cassetete de um PM e investido contra ele. O policial alegou, num primeiro momento, legítima defesa.