Será decidido nesta terça-feira (28) o destino de Adônis José Negri, um zelador de 73 anos que será julgado pelo júri popular por envenenar e matar um menino de 2 anos. O julgamento está marcado para iniciar às 13h30, na 1ª Vara Criminal de Cuiabá, sob condução da juíza Mônica Catarina Perri Siqueira.
O crime aconteceu em agosto de 2016 e chocou a população, ganhando repercussão nacional. O acusado colocou veneno de rato em caixas de achocolatado e tinha a intenção de se vingar de um ladrão, que estava furtando produtos de sua casa e comendo alimentos da geladeira. O alvo era Deuel de Rezende Soares, que chegou a ser preso à época, pois, além de ter furtado o produto, foi quem deu o achocolatado para a mãe da criança.
Adônis foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de homicídio qualificado e agora enfrentará o júri popular. À época do fato, o próprio idoso admitiu ter envenenado o produto por vingança, mas, um ano depois, passou a negar e alega ter sido pressionado pela polícia a confessar.
O caso
No dia 25 de agosto de 2016, o menino Rhayron Christian pediu algo para comer, ainda cedo, para a mãe. Ela então pegou o achocolatado, que havia ganhado de Deuel, um vizinho, e deu ao filho. Logo depois, a criança apresentou falta de ar, ficou com o corpo mole e com princípio de desmaio.
Ela correu com o menino para o hospital, mas ele faleceu uma hora depois de beber o produto. À época, logo após a morte da criança, a Anvisa chegou a interditar o lote do achocolatado.
A polícia, então, apreendeu cinco caixas do achocolatado na casa da vítima e, após uma análise no produto, foi constatada a presença de veneno de rato. A partir da investigação, a polícia chegou até os suspeitos Adônis José Negri e Deuel de Resende Rodrigues, este de 27 anos. Ambos eram vizinhos da família da criança, no bairro Parque Cuiabá.
Foi, então, que Adônis contou que teria envenenado a bebida para matar Deuel, pois frequentemente invadia a casa dele e furtava seus pertences. Ele injetou o veneno nas bebidas com uma seringa e “esperou” que o desafeto furtasse o produto. No entanto, o rapaz vendeu a embalagem com cinco achocolatados ao pai da criança.
A vingança acabou em tragédia e, agora, depois de seis anos e meio, o idoso será julgado pelo tribunal do júri e ele poderá ter uma pena de reclusão de 6 a 20 anos.
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