O deputado estadual Dilmar Dal Bosco (União) não esconde o descontentamento com a falta de organização partidária na composição dos diretórios municipais, visando as eleições de 2024. Líder do governo, ele tenta não polemizar tanto, mas admite que a legenda tem ficado para trás nas tratativas e organizações dos diretórios e comissões provisórias nos municípios mato-grossenses.
“Está faltando mais reuniões, está faltando definições, onde não tem entraves que já crie logo os diretórios, ou comissões provisórias, sou favorável mais aos diretórios. Está ficando um partido que não tem ninguém, temos os filiados que tinham os Democrata, 58 mil filiados que migrou para o União, só tem diretório estadual, não tem membros dos diretórios municipais”, alertou Dilmar, que também demonstrou descontentamento com a divisão das cidades entre os parlamentares eleitos.
Em reunião da Executiva Estadual, ficou definido que cada parlamentar eleito teria direito a 25 municípios, mas Dilmar disse que já havia apresentado uma lista com 57 cidades, em que tem participação. “Não significa que eu vou fazer indicação direta, mas coloquei que nestes casos gostaria de conversar”, comentou.
Outro ponto é a demora na organização da legenda para as eleições em 2024. “Perdendo tempo, porque qualquer líder que tem interesse em ser candidato, já tem que se mobilizar. Concordo que a eleição é ano que vem, que é cedo, mas outros estão trabalhando, depois que você tira uma liderança que vai para o partido todo montado, não vai querer sair lá na frente”, comentou, falando sobre a possibilidade de a legenda acabar perdendo lideranças.
Dilmar ainda pontua que devido às eleições do ano passado, diante da votação alcançada pelo governador Mauro Mendes (União) e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), as duas legendas são as mais procuradas para a eleição, por isso o partido também precisa estar organizado.
