Em meio ao 'acordo de paz' selado em extensa reunião realizada na noite dessa quinta-feira (27), os deputados estaduais do União Brasil obtiveram a garantia de que serão liberados para se filiarem em outro partido, caso não estejam insatisfeitos com os caminhos que a agremiação irá seguir nas eleições municipais do próximo ano.
A informação é do deputado estadual Júlio Campos, que esteve presente no encontro. “Ficou acertado internamente que se algum deputado, por acaso, por questões eleitorais, no ano que vem, não quiser permanecer no partido, não será criado impedimento. Ficou acordado, é palavra de homem que tem que ser cumprida”, disse o parlamentar.
Por enquanto, os quatro parlamentares que cogitaram deixar a sigla, Dilmar Dal Bosco, Júlio Campos, Sebastião Rezende e Eduardo Botelho, permanecem na legenda.
Os deputados chegaram a ir para o encontro munidos de cartas de desfiliação, mas elas não foram apresentadas. A reunião durou mais de duas horas.
“Se por acaso algum deputado ou algum outro filiado quiser, por questões locais, tiver que optar em sair, não há problemas, o partido já deu palavra que não irá prejudicar ninguém”, enfatizou Júlio Campos.
O acordo reflete, especialmente, na condição dos deputados estaduais Eduardo Botelho e Dilmar Dal’Bosco. Ambos são cotados para disputar a eleição majoritária do ano que vem, sendo o primeiro na Capital e o segundo em Sinop.
A situação de Botelho, contudo, é um pouco mais complicada, uma vez que dentro do União Brasil há outro correligionário que também está interessado em representar o partido na disputa eleitoral rumo ao comando do Palácio Alencastro. Trata-se do deputado federal Fabio Garcia.
Apesar da disputa interna, Júlio Campos acredita que a união do grupo dependerá do governador, e cita, inclusive, que Mauro Mendes terá que trabalhar partidariamente para manter a sua base na Assembleia Legislativa.
“Há um bom relacionamento entre Fabio Garcia e Botelho. Ninguém quer perder a eleição, nós temos que estar unidos para ganhar a eleição. Então, não há nenhuma contestação, acredito que vão caminhar juntos com muita força, muito trabalho e até para o governador Mauro Mendes ter na Assembleia uma base consolidada, porque perder deputado não é bom”, finalizou.
Por hora, ele afirma que a paz está selada no União. “Por enquanto está tudo em paz. Daqui um ano, seis meses, não sei o que vai ocorrer”, concluiu.
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