Atuando como vereador há pouco mais de quatro meses, Felipe Corrêa (Cidadania) já vem sendo sondado por siglas partidárias que buscam aumentar a representatividade parlamentar na Câmara Municipal de Cuiabá nas eleições municipais de 2024. De acordo com o parlamentar, ele já recebeu convites para se filiar ao Republicanos e ao Partido Progressista, porém afirma que no momento prefere focar no mandato e só na frente, quando as chapas municipais estiverem quase formadas, ele irá decidir que rumo tomar.
“Recebi muitos convites, isso é algo que não estamos avaliando porque temos que focar em um bom serviço para o cidadão. Caso eu venha à reeleição, a pergunta que eu tenho que fazer aos eleitores e potenciais eleitores é se eles estão satisfeitos com meu trabalho. Nesse interim, nos próximos meses, vai ficar mais clara a chapa, o contexto de majoritária de cada chapa, que prefeito cada chapa vai apoiar. Aí no momento oportuno a gente vai fazer essa avaliação”, disse o vereador.
Felipe afirma ainda que, por ser declaradamente oposição à gestão Emanuel Pinheiro (MDB), não deve figurar em um partido que apoia o grupo do atual prefeito.
Eleito suplente de vereador nas eleições de 2020, Felipe veio na leva de diversos partidários do Cidadania que surfaram na onda do correlegionário Felipe Wellaton, que à época figurava como vice-prefeito na chapa encabeçada por Abílio Brunini (PL).
Acontece que, mesmo fazendo uma bancada representativa com os vereadores Diego Guimarães, Marcos Paccola e Rodrigo Arruda Sá, o Cidadania acabou perdendo dois representantes, Diego e Paccola que foram parar no Republicanos.
Mais para frente, o partido ainda perdeu a vereadora Maysa Leão que também seguiu os colegas e se filiou ao Republicanos. Atualmente, o partido conta com três cadeiras na casa de Leis, mas com apenas dois representantes, quais sejam, Felipe Corrêa e Rodrigo Arruda, sendo que o segundo é da base do prefeito Emanuel.
Partido e Federação dividida na Casa
Líder do partido na Câmara, Felipe diz que atualmente a federação PSDB-Cidadania encontra-se dividida na Casa de Leis. Isso, porque embora ele seja crítico e oposição à gestão Emanuel, tanto Rodrigo Arruda quanto Renivaldo Nascimento (PSDB) são membros da base do prefeito da Capital.
Nas eleições de 2022, o Cidadania e o PSDB se uniram em uma federação, que de acordo com as regras eleitorais, devem perdurar por quatro anos, ou seja, nas eleições do ano que vem, os partidos devem vir juntos. Acontece que atualmente o grupo está dividido, pois, de acordo com Felipe, Marco Marrafon que é líder do Cidadania em Mato Grosso não apoia o grupo de Emanuel, enquanto que o líder do PSDB no estado, o deputado Carlos Avallone, é simpático ao atual gestor.
“O Cidadania hoje está com uma municipal provisória em formatação, mas precisa ter uma municipal definitiva até o período eleitoral e isso tá sendo conduzido hoje pelo presidente estadual Marco Marrafon, que não é simpático a atual gestão, creio eu que ele tem um alinhamento mais de oposição. O presidente estadual do PSDB e o presidente municipal do PSDB, ambos têm um alinhamento com o atual prefeito. Então a gente precisa respeitar coletivamente as decisões partidárias. A mim, o que posso garantir é que não pretendo de forma alguma caminhar apoiando um candidato do atual prefeito Emanuel Pinheiro. Mas aí vamos ter que esperar as coisas ficarem mais claras”, garante Felipe Corrêa.
.jpg)
