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18/05/2023 às 16:21

Dia da Luta Antimanicomial reúne pacientes, estudantes e profissionais da atenção psicossocial na UFMT

O Sarau contou com apresentações artísticas e discussões sobre a luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental

Leiagora

Dia da Luta Antimanicomial reúne pacientes, estudantes e profissionais da atenção psicossocial na UFMT

Foto: Assessoria

Um Sarau realizado nesta quinta-feira (18) no estacionamento da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) marcou o Dia da Luta Antimanicomial. O evento reuniu pacientes, profissionais da rede de atenção psicossocial e estudantes de psicologia.

Com início às 8h, a programação contou com declamação de poemas escritos por pacientes e psicólogos, apresentações musicais, homenagens e discussões sobre a luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental. Além disso, contou a participação do Grupo de Teatro  Destrava Língua que é formado por pacientes do Centro de Atenção Psicossocial - Caps II Centro.

Elizabeth Santana, diagnosticada com esquizofrenia, faz acompanhamento no Caps CPA desde 2005. Na unidade, ela faz psicoterapia e terapia ocupacional e diz se sentir muito acolhida pelos profissionais.

“Sinto como se fosse a minha segunda família. Lá eles me acolhem, me entendem, é um ambiente bem gostoso. Amo muito. Eu já sei identificar quando não estou bem, e procuro ajuda dos profissionais do Caps. A psicóloga me ensinou muita coisa, como aceitar o meu diagnóstico e a lidar com os momentos de crise. A forma com que sou atendida lá parece um bálsamo, é muito bom”, diz Elizabeth.

Para Matheus Tavares, estudante de Psicologia e estagiário do Caps II Centro, seria importante que muitos participassem do evento, para conhecer a realidade das pessoas com transtornos mentais, que muitas vezes são incompreendidas pela sociedade e até mesmo excluídas do convívio social.

“A gente percebe nas falas que eles querem respeito. Eles são gente como a gente. É a primeira vez que participo do evento e vi como é importante. Gostaria que mais pessoas viessem para entender, ver a realidade, pois tem muita gente que tem preconceito, que julga sem conhecimento. Não devemos julgar ou estigmatizar. Fazer coisas que parecem simples para alguns, para a pessoa com transtorno mental pode ter um grau de dificuldade maior, alguns tem dificuldade de fala, de comunicação, timidez, são desafios diários que eles enfrentam”, destaca o estudante.

A apresentação do Grupo de Teatro Destrava a Língua foi o ponto alto do sarau. Formado por pacientes do Caps II Centro, a performance dos atores levaram a plateia a refletir sobre a forma como a sociedade vê e trata as pessoas com transtornos mentais, como pessoas sem autonomia e estigmatizadas.

A coordenadora do Grupo de Teatro Destrava Língua Alessandra Barros, conta como o projeto começou. Ela integra a equipe do Caps II Centro.

“O projeto é uma parceria entre o Caps e o Grupo Cena Onze. Os integrantes do grupo participam da Oficina da Palavra e também fazem um curso de extensão oferecido pela MT Escola de Teatro, ambos realizados no Cine Teatro Cuiabá. A ideia surgiu da oficina que abrange teatro, leitura, música. Eles criaram o texto, fizemos algumas aulas de técnica de voz e expressão corporal, foi uma construção coletiva”, pontua Alessandra.

 
Da assessoria 
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