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Notícias / Agro e Economia

22/05/2023 às 08:02

Gallo diz que não há previsão de alta do dólar e trava cambial é desnecessária em operação com Banco Mundial

O secretário alega que o governo precisaria fazer um outro contrato para garantir o serviço de hedge cambial, que seria um seguro, gastando recurso com algo que neste momento é desnecessário

Da Redação - Alline Marques / Reportagem local - Jardel P. Arruda

Gallo diz que não há previsão de alta do dólar e trava cambial é desnecessária em operação com Banco Mundial

Foto: Jardel P. Arruda / Leiagora

O secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, justificou o fato de o contrato de empréstimo dolarizado que deverá ser realizado com o Banco Mundial, aprovado esta semana pela Assembleia Legislativa, não possuir trava cambial, e alegou que seria um desperdício de recursos neste momento, que não tem previsão de disparada do dólar. 

“Não faz sentido fazer isso agora, porque não tem cenário que justifique essa contratação. Vai desperdiçar recursos”, comentou ao ser questionado sobre a ausência de uma trava.

A polêmica sobre o assunto foi gerada justamente porque o Estado enfrentou uma crise para se desfazer de um empréstimo dolarizado feito na época da gestão de Silval Barbosa junto ao Bank Of America, contraído em 2012. 

Inclusive, o empréstimo acabou sendo quitado pelo próprio governador Mauro Mendes, em 2019, após conseguir outro crédito junto ao próprio Banco Mundial. Na época, o governo pagou US$ 248.883.034 para o Bank Of América. As críticas eram justamente por conta da falta de trava cambial e com a disparada do dólar na época, isto gerava prejuízos milionários para o Estado que chegou a ter que pagar parcelas de R$ 150 milhões. 

O primeiro empréstimo junto ao Banco Mundial foi no valor de US$ 250 milhões e foi  destinado à liquidação da dívida do estado com o Bank of America, com 20 anos para ser quitado, com juros de 3,5% ao ano. Agora, o novo contrato, de US$ 180 milhões, o que representa mais de R$ 800 milhões, também é um contrato de 20 anos, com carência de cinco anos, o que quer dizer que a primeira parcela vencerá no primeiro ano de mandato do próximo governador. 

Porém, de acordo com Gallo, depois da experiência com o Bank Of América, a Sefaz passou por uma reestruturação com a criação de um setor de gestão da dívida pública, formado por economistas que acompanham o mercado, e caso haja qualquer movimentação de aumento do dólar poderá ser feito um contrato em separado de hedge cambial, que trata-se de um conjunto de instrumentos e estratégias que visa proteger o valor de um ativo diante da possibilidade dele sofrer alterações futuras. 

O secretário explica que o hedge cambial atua como uma espécie de seguro, pois a ideia é justamente controlar e limitar riscos. Sendo assim, o governo teria que fazer o chamado contrato derivativo, utilizado para reduzir o risco financeiro de operações com moedas estrangeiras devido às oscilações do mercado. Porém, o gestor garante que os cenários macroeconômicos da política cambial têm sido analisados constantemente para verificar se há algum risco. 

“Neste momento não é necessário. [...] Há um cenário que não justifica a contratação de um hedge cambial. Nós gastaríamos com recursos públicos para algo que não faria sentido, que não seria possivelmente acionado”,finalizou. 
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