Um grupo de estudantes compareceu ao evento com o ministro da Educação, Camillo Santana, para entregar um documento pedindo a revogação integral do novo Ensino Médio. O documento foi produzido em conjunto com diversas entidades ligadas à educação em Mato Grosso durante audiência pública na Assembleia Legislativa. Durante a entrega, Camillo chegou a se manifestar de que também apoia a revogação.
Porém, o ministro lembrou também que a revogação terá que ser feita pelo Congresso e por isso é importante o diálogo e o debate, mas ponderou ainda que é preciso também saber e apresentar qual é o modelo ideal de Ensino Médio para o país. “Eu só queria dizer que o Novo Ensino Médio (NEM) não foi aprovado nesse governo, foi aprovado em 2017, já está em implantação desde o ano passado, e num país democrático o que temos que fazer é abrir o diálogo, criei uma portaria, para ouvir estudantes, professores, até porque quem revoga é o Congresso que aprovou”, comentou ainda durante a entrega do documento.
Camillo, que era governador do Ceará quando a proposta foi aprovada, disse que sabe dos equívocos do NEM e da falta de diálogo na implantação, e como ministro abriu uma consulta pública em 8 de março e recriou o Fórum Nacional da Educação, para que a Educação seja discutida com toda a comunidade escolar, de maneira ampla e democrática. “O compromisso do presidente é que tenhamos o melhor Ensino Médio para nossos jovens”, afirmou.
Além disso, o MEC criou também um grupo para fazer um debate sobre o Novo Ensino Médio e Camillo entende que há a necessidade de correção, mas é preciso apresentar o que se quer desta proposta.
“Queremos revogar, mas colocar o que? Precisa ter melhorias, vamos ouvir os estados e estamos fazendo isso. A consulta vai até junho, tem debates, ouvimos professores, tem uma consulta direta a alunos e professores, e vamos apresentar os encaminhamentos, mas quando falei em revogação, a decisão do presidente foi a de que queremos o melhor Ensino Médio. Mas precisamos conversar”, finalizou o ministro em entrevista coletiva após o evento no Palácio Paiaguás para anunciar a retomada de mais de 70 obras paralisadas no Estado.
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