Conhecido pelo seu jeito debochado, sem papas na língua, o deputado Júlio Campos chamou os ministros do União Brasil de sem vergonhas e defendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demita os companheiros de partido. Atualmente, a legenda conta com três Pastas no Governo Federal e as nomeações fazem parte de um acordo para levar a bancada do União para a base.
Porém, o governo tem enfrentado resistência com os parlamentares do União Brasil e Lula ameaça exonerar os ministros. Questionado sobre o posicionamento do presidente, Júlio critica os parlamentares federais e diz que os “ministros sem vergonhas” devem ser demitidos mesmo.
“Primeiro que o União não deveria fazer parte do governo, é muita sem vergonhice um partido que 90% votou no Bolsonaro, apoiamos o Bolsonaro, agora fazer parte do governo Lula. Mas já que foi para o governo, então que assuma sua governabilidade, tem que votar integral, se não votar, tem que demitir ministro. O que foi comprometido foram os três Ministérios. Ele deu a Comunicação, o Turismo e a Integração Nacional e nós apoiamos o governo, os projetos. Se não tá entregando voto, o Lula está certo, ou está comigo ou não está. Demita os ministros sem vergonhas”, declarou o parlamentar na manhã desta quarta-feira (14).
O presidente da sigla, Luciano Bivar, chegou a declarar que mesmo com cargos na gestão federal, não fará parte da base. Atualmente, a legenda conta com 59 deputados eleitos e nove senadores, dentre eles, Jayme Campos de Mato Grosso. Nos ministérios, foram anunciados Daniela de Souza Carneiro (“Daniela do Waguinho”) para o Turismo e Juscelino Filho para as Comunicações. Já Waldez Goés, que é do PDT, foi indicado pelo União Brasil, segundo Lula, e comanda a pasta de Integração Nacional.
E por fim, chegou a jogar um palavrão, alegando incoerência o fato de o partido ter ministros e não apoiar o Lula: “Ah, tomar no c*”.
Vale destacar que dentre os filiados do União Brasil que apoiam atualmente Lula está o irmão do deputado, o senador Jayme Campos. Porém, para Júlio não há incoerência por parte do familiar, já que este teria feito campanha para o petista, portanto, estaria fora da relação dos "sem vergonhas".
(1).jpeg)
