O Mais Médicos favorece a vinda de profissionais sem a formação como médico comprovada em detrimento da contratação de força de trabalho brasileira. Essa é a análise do deputado federal Abilio Brunini (PL), que votou contra a Medida Provisória de relançamento do programa nacional.
"Tem uma situação muito grave que é permitir o exercício profissional da medicina sem passar por uma avaliação profissional para saber se ele é um bom médico e se é médico. E só depois de 4 anos de exercício profissional que ele vai passar por um teste de revalida. Ou seja, se em 4 anos ele não passar no teste do revalida, ele passou 4 anos de mal exercício da medicina, trazendo um risco muito grande para os pacientes e para o povo brasileiro”, argumenta.
O parlamentar se refere ao fato dos profissionais estrangeiros que poderão integrar o Mais Médicos não terem a necessidade de realizar o Revalida, exame nacional necessário para brasileiros formados em Medicina no exterior poderem exercer a profissão no Brasil. Ou seja, não há garantias de que esses profissionais atendem os requisitos brasileiros.
Além disso, ele ressalta a existência de uma demanda de mais de 18 brasileiros formados fora do Brasil que aguardam uma nova realização do Revalida para poderem atuar como médicos em território nacional.
“Eu não tenho como apoiar o Mais Médicos, não tenho como fazer isso. Com tantos profissionais no brasil, pessoas que estudaram fora do país e estão esperando o Revalida para estar prestando serviço. Nós temos uma capacidade de mais de 18 mil médicos disponíveis para contratação no país, principalmente para esses projetos do governo e aí você chega e faz um acordo para favorecer Cuba, países com ditadura”, disse Abilio.
.jpeg)
