O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), Vilmondes Tomain, acredita que a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) pode frustrar a expectativa de aprovação da Reforma Tributária se trabalhar unida, caso a votação aconteça ainda nesta semana, como prometido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Essa ação seria positiva para Mato Grosso, um dos estados mais prejudicados pelo atual texto da proposta.
“Acredito que essa tática do Lira vem até a nos favorecer, porque acredito que nós temos voto para bloquear e para aprovar eles não têm. Essa tática do Lira de forçação de barra pode até ser boa”, disse Vilmondes, durante reunião do fórum de entidades do setor produtivo, na segunda-feira (3), realizado no auditório da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt).
Na ocasião, o secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, fez um apelo para todas as entidades do estado fazerem pressão junto ao governo federal, bancada federal e entidades nacionais para mudarem o texto atual da Reforma Tributária.
Enquanto a Federação do Comércio e a Associação dos Municípios Mato-grossense tiveram falas pessimistas no sentido das entidades nacionais estarem trabalhando a favor da aprovação da Reforma Tributária da forma como apresentada, sem atender modificações sugeridas por Mato Grosso, Vilmondes disse ter um retorno positivo do presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR).
“FPA está lá nos representando. [...] Espero que as pessoas que estão nos representando olhem para isso e não matem o desenvolvimento das nossas regiões, do nosso estado de Mato Grosso e do Centro-Oeste”, disse Vilmondes.
O Agronegócio será um dos setores mais afetados pela Reforma Tributária devido ao fim do subsídio dos insumos para produção. Isso deve aumentar ainda mais os custos e espermas a margem de lucro dos produtores rurais.
