O senador Wellington Fagundes vai deixar oficialmente a presidência do Partido Liberal em Mato Grosso, que agora passa a ser comandado por tempo indefinido por Ananias Martins. A alteração foi anunciada nesta quarta-feira (5) à bancada de deputados federais e estaduais pelo presidente nacional do PL Valdemar Costa Neto, em uma reunião em Brasília. A troca de comando é uma estratégia da sigla, que busca preservar as alianças e boas relações construídas por Wellington nas eleições do ano passado, evitando desgastes com prefeitos, vereadores e pré-candidatos do pleito municipal de 2024. Conciliar os diversos interesses eleitorais se tornaria um desafio para o mandatário, que é um dos nomes cotados para a disputa pelo governo estadual em 2026.
"O senador tem outras atribuições e agora o Ananias vai poder se dedicar aos deputados estaduais, federais e aos prefeitos. Eu sou presidente do PL há 23 anos e sei, por experiência, que quando eu era deputado e dirigente do partido, eu tinha muito problema, muito problema. Então cheguei à conclusão de que na maioria dos casos que dão certo, o cidadão que vai dirigir o partido não tem mandato de senador, federal ou estadual. Ele não tem mandato. E o Wellington é senador, tem que resolver problema em uma cidade, mas ao mesmo tempo quer estar bem com o outro lado, então demora para decidir", explicou Valdemar.
"Chegamos à conclusão de que essa mudança resolve o problema do Wellington, dos deputados estaduais e federais, dos prefeitos. As definições vão sair mais rápido e o partido vai andar melhor. Isso vai ser melhor para o nosso pessoal", completou.
Ananias, por sua vez, assumiu a função dizendo que fará um grande trabalho com vistas para as próximas eleições. Lembrou que o PL é a sigla da direita em Mato Grosso e reforçou compromisso em fazer da legenda o maior partido do estado.
"Já temos um planejamento e vamos iniciá-lo a partir do dia 14, com encontros entre as lideranças federais, estaduais e municipais, e saber então a situação de cada município". Segundo ele, a meta do PL é fazer 30 prefeitos no estado e eleger o maior número de vereadores para se preparar para as eleições de 2026. "Nós já temos um pré-candidato ao governo, que é o Wellington, e também ao Senado, que é o deputado federal José Medeiros", informou.
Sobre a troca de comando, Wellington disse que há muito tempo é apenas o "presidente de honra" do PL. Na prática, contudo, concentrava as decisões e articulações do partido. O senador classificou com uma "forma de organizar" o pleito municipal.
"Eu sou senador e tenho que ter harmonia, se possível, com todos. A ideia é fazer do PL um grande partido. E com quatro deputados federais temos que eleger um volume de prefeitos que nos dê base", disse.
Já o principal nome do PL para a disputa pela Prefeitura de Cuiabá, o deputado federal Abílio Brunini, avaliou que a mudança beneficia Wellington e traz consenso entre federais e estaduais.
"Nós deputados federais estamos pedindo que os deputados federais sejam valorizados nesse processo e serão. Aí vem o Ananias para cuidar dessa situação e colocar os deputados federais como protagonistas desse processo", diz Abílio.
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