O governador Mauro Mendes (União) deu a entender que não abrirá espaço para o PL indicar nomes para compor o primeiro ou segundo escalão da administração estadual, mesmo se o presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, vier a Mato Grosso para cobrar espaço. Para Mauro, a contribuição dele ao Partido Liberal foi a reeleição de Wellington Fagundes (PL) como senador.
“A participação do PL no meu governo é a participação do senador Wellington Fagundes, que ganhou o Senado junto conosco. Essa história de partido, todo mundo sabe, como é que é o meu pensamento e o meu comportamento, né? Eu não sou muito de ficar fazendo loteamento do governo com o partidos”, disse Mauro Mendes, na sexta-feira (21).
Fagundes teve apoio integral do governador ao Senado, embora disputasse a reeleição com ex-deputado federal Neri Geller (PP), aliado de primeira hora de Mauro Mendes.
Até os últimos dias antes das convenções partidárias, era cogitado um palanque aberto a candidatos a senador para acomodar até três postulantes - a terceira seria Natasha Slhessarenko (PSB).
Contudo, o fato de Neri ter se aproximado do grupo político do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), adversário pessoal de Mauro Mendes, e Natasha ter recuado da disputa, facilitou para Fagundes ter apoio integral do governador e, com isso, ter vitória facilitada.
Por isso, Mendes acredita já ter seu compromisso com o PL quitado. Além disso, alguns nomes da sigla, como o deputado federal José Medeiros (PL) e o suplente de deputado federal Nelson Barbudo (PL) fizeram oposição a maior parte da gestão estadual. Contudo, o governador garantiu que irá receber o presidente nacional do Partido Liberal.
“Eu ouvi dizer que ele vem, não sei a data que o Valdemar ia fazer uma visita a Mato Grosso. Será bem-vindo como qualquer presidente partido que queira vir. Será bem-vindo, certamente vamos receber”, concluiu.
O presidente da sigla também tem trabalhado nacionalmente para construir e consolidar as alianças pensando em 2024. Em Mato Grosso, o PL quer fazer ao menos 30 prefeituras e eleger o máximo de vereadores, já se preparando para o pleito seguinte, de 2026, quando buscará o governo e uma vaga no Senado. Valdemar pode tratar do assunto com Mauro Mendes, em busca de apoio.