"Nós precisamos de uma gestão que entregue resultados práticos para o cidadão. Mais do que amado por muitos, nós precisamos de alguém que seja odiado por poucos". Com essas palavras o vereador Felipe Corrêa (Cidadania) hipotecou apoio ao atual secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, do União Brasil, para a disputa a prefeito de Cuiabá em 2024 e deu o tom do discurso que o deputado federal pode utilizar para crescer nos próximos meses enquanto tenta viabilizar seu projeto eleitoral. A ideia é mostrar a rejeição ao nome de Abílio Brunini, do PL.
Ocorre que Fábio disputa dentro do União espaço com o deputado Eduardo Botelho para ser o candidato do partido. Como o favoritismo do governador Mauro Mendes, presidente do União em Mato Grosso, para o pleito municipal é por Fábio, Botelho tem sido forçado a tentar consolidar sua candidatura em outras legendas, sendo as mais fortes delas o PSD e o Republicanos.
E no caso de haver candidaturas de Fábio e Botelho, ambos vão enfrentar um oponente que divide opiniões: o bolsonarista Abílio, que chegou ao segundo turno em 2020, mas foi derrotado pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) por uma diferença pequena de votos, causada principalmente por conta da rejeição que encara.
A declaração ocorreu nesta quinta-feira (3) após o vereador postar uma foto com o deputado federal, o que mostra Fábio se articulando em busca de apoio.
Segundo ele, além do perfil de gestor pragmático de Fábio Garcia, o pré-candidato também traz a capacidade de conciliação. "O cuiabano e o brasileiro estão cansados de debate sem resultado prático na vida do cidadão. Diferente do parlamentar que pode defender segmentos e ideologias, o prefeito tem que ser alguém que governa para quem votou nele e quem não votou. Fábio Garcia é alguém que se adequa a essas necessidades", argumentou.
Por enquanto, o apoio do parlamentar a Fábio Garcia não dita tendência na Câmara de Vereadores. A maior parte dos seus colegas está engrossando o coro pela candidatura de Botelho, seja pelo União Brasil, seja por outro partido. "Eu não trabalho necessariamente na conta do que está ganhando ou que vai dar certo. Fiz a minha avaliação e cheguei à conclusão de que aquele que pode entregar um bom resultado e não vai prejudicar a nossa cidade é o Fábio", justifica.
