Mauro afirma não ter objeção à venda dos vagões do VLT: ‘queremos nosso dinheiro de volta’
Na sexta-feira o TCU criou o grupo entre os governos estaduais de Mato Grosso e da Bahia para facilitar a venda dos trens adquiridos pelo Consórcio VLT Cuiabá
Da redação - Paulo Henrique Fanaia / Da Brasília - Jardel P. Arruda
O governador Mauro Mendes (União) afirmou que o estado não tem nenhuma objeção quanto à criação, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), de um grupo com o governo de Mato Grosso e o da Bahia que busca a “destinação consensual” dos vagões do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). Para Mauro, o único interesse do governo é receber de volta os valores gastos com as compras dos vagões.
O chefe do Executivo mato-grossense defende que o dever de negociar a venda dos vagões é da empresa que comandava o Consórcio VLT Cuiabá, afinal, foi ela quem adquiriu os veículos. Todavia, quem hoje irá comandar essa negociação será o TCU.
“É isso que nós estamos dizendo nos autos do processo judicial, porque nós não recebemos aqueles trens. Quem está lá hoje fazendo a segurança com a guarda dele, a manutenção dele, é a empresa, portanto ela é a proprietária, ela pode vender. Mas ao vender, nós queremos o dinheiro que nós pagamos na época corrigido devidamente pelos processos legais”, disse Mauro na manhã desta terça-feira (29) em Brasília.
Do lado de Mato Grosso, quem encabeça as discussões é o secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, e o procurador Lucas Schwinden Dallamico. Por parte da Bahia, será o secretário da Casa Civil, Afonso Florence, e a procuradora-Geral do Estado da Bahia, Bárbara Camardelli.
O intermediário do TCU será Secretário de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos do TCU, Nicola Espinheira da Costa Khoury, e haverá supervisão do Ministério Público de Contas e do Tribunal de Contas dos dois estados.
Mauro afirma que Mato Grosso não corre risco de tomar calote nesta negociação, afinal ele confia no staff escalado para compor o grupo e destaca que Rogério Gallo “além de ser sabido é bom de briga”.
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