Reunião realizada no Palácio Paiaguás na manhã desta segunda-feira (4) discutiu o andamento das obras do BRT em Várzea Grande. No centro da mesa estiveram a insatisfação e as dúvidas de empresários da região do centro comercial da cidade, que temem ser prejudicados com as obras do modal na Av. Couto Magalhães. O início das intervenções estava previsto para iniciar hoje, mas, devido ao impasse, acabou sendo adiado e ainda não tem prazo para começar.
Pouco antes de tratar do assunto no gabinete do governador Mauro Mendes (União Brasil), o prefeito Kalil Baracat (MDB) conversou com a imprensa e mais uma vez defendeu as obras do BRT, destacando sobretudo a preocupação não só com os interesses dos empresários, mas com a prestação do serviço de transporte público de qualidade a quem mais precisa. Além do transtorno das obras, a implantação do modal na Couto Magalhães prevê a retirada de vagas de estacionamentos, com a qual os comerciantes temem haver a dispersão dos consumidores.
"É uma discussão acalorada. A gente entende que os empresários não querem que ocupe uma parte dos estacionamentos da avenida. Mas a gente não pode esquecer dos trabalhadores que utilizam o transporte público. A classe trabalhadora merece um transporte público de qualidade e decente. Então a gente tem que olhar os dois lados da moeda, tanto a classe empresarial que gera emprego e renda na cidade, mas também a classe trabalhadora", disse o prefeito de Várzea Grande.
Kalil diz que a pauta "gera muito ruído", mas as autoridades estão construindo o melhor cenário para beneficiar a cidade. O emedebista negou ainda que o percurso do BRT na região central tenha pego de surpresa a população, uma vez que foram feitas audiências públicas, contudo, reconhece o transtorno. Além de Mauro e Kalil, também estiveram discutindo o assunto na reunião o deputado estadual Júlio Campos e o senador Jayme Campos, do União Brasil.