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05/09/2023 às 18:48

SAÚDE DA MULHER

Ginecologista alerta sobre cuidados com a saúde do sistema reprodutor

Tema faz parte da campanha Setembro Verde Escuro, em alusão ao combate do câncer ginecológico

Leiagora

Ginecologista alerta sobre cuidados com a saúde do sistema reprodutor

Foto: Reprodução

O câncer ginecológico, muitas vezes silencioso, está entre os 10 mais frequentes em mulheres no Brasil, de acordo com um levantamento feito pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA). A melhor forma de cuidar da saúde íntima e evitar a doença é por meio de consultas de avaliação preventiva. O oncologista Eduardo Dicke explica que um olhar mais atento para a saúde feminina pode evitar o surgimento dos tumores.

A neoplasia do sistema reprodutor pode afetar órgãos como o endométrio, vagina, vulva, ovário e o colo do útero, sendo esses dois últimos os mais comuns. Dados do Inca apontam que o câncer de colo de útero afeta 17 mil mulheres por ano, ocupando a terceira posição. Enquanto o câncer de corpo uterino ou endométrio está na oitava. Para alertar sobre os cuidados com a saúde íntima feminina, neste mês, é realizada a campanha Setembro Verde Escuro.

Além dos tipos mais comuns, o câncer de ovário também chama a atenção pelo estágio em que é diagnosticado e por não apresentar sintomas no início da doença, necessitando de cuidados redobrados. Em 75% dos casos, o tumor já está em nível avançado. A avaliação médica preventiva complementada com exames e rastreamento genético são os principais aliados para o diagnóstico precoce.

Atualmente, 20% dos casos de câncer de ovário são hereditários. A existência de uma mutação genética que leva a sigla BRCA (Breast Cancer) de tipo 1 ou 2 aumenta as chances de uma pessoa desenvolver câncer de mama e ovário. “Levar o histórico familiar ao consultório é fundamental para o estudo de uma estratégia de prevenção e redução de risco. Desta forma, será analisado junto à paciente quais medidas devem ser tomadas tanto para tratamento da doença, como para prevenção e redução de risco de novos tumores”, explica o oncologista clínico da Oncomed-MT, Eduardo Dicke.

Além da hereditariedade, outros fatores de risco devem ser observados, entre eles a obesidade e o tabagismo. Para as mulheres que fazem terapia de reposição hormonal na fase da menopausa, os cuidados precisam ser redobrados, visto que ela está associada ao risco de desenvolver câncer de ovário e de endométrio pela exposição hormonal prolongada. O Papilomavírus Humano (HPV) também é apontado como uma das grandes causas para o surgimento de tumores no colo do útero, estando relacionado a 90% dos casos diagnosticados.

“A detecção tardia do câncer de colo uterino segue sendo um desafio. Hoje em dia, nós temos uma estratégia muito eficaz de prevenção que é a vacina contra o HPV, que também previne outros tumores, entre eles, os que acometem a vulva e a vagina. Disponível na rede pública de saúde, a faixa etária recomendada para a vacinação são crianças de 9 a 14 anos e para adultos imunossuprimidos, que são os pacientes pós transplante, os que fazem tratamento imunossupressor e quimioterapia.”

Como diagnosticar

Sintomas
– O cuidado íntimo feminino envolve prestar atenção aos sinais que o corpo apresenta. Sangramento vaginal constante, fora do período menstrual, ou durante a menopausa, incômodo ou sangramento na relação sexual, dor pélvica permanente, inchaço da barriga e corrimento com cheiro desagradável podem ser indicativos da doença.

Exames ginecológicos – Conhecido como Preventivo ou Papanicolau, é o principal método de rastreamento para o câncer do colo do útero. Consiste na coleta do tecido uterino e análise adequada para identificar possíveis patologias. É indicado para as mulheres de 25 a 64 anos, uma vez a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos normais, de acordo com o INCA. “A consulta médica ginecológica anual, segue sendo a principal recomendação. Muitos ginecologistas fazem o ultrassom de abdômen e o transvaginal como complementação da consulta, que pode eventualmente levar a um diagnóstico mais precoce”, reforça.

Detecção precoce – Segundo o oncologista, a conscientização sobre o câncer ginecológico e o alerta para a população feminina se mostram fundamentais visto que, historicamente, quando a doença é detectada em fases tardias, traz modestas taxas de controle em longo prazo. “É importante frisar, no entanto, que a medicina tem registrado fortes avanços nos últimos anos em toda a abordagem de tratamento multidisciplinar. E, felizmente, a detecção rápida pode aumentar as taxas de cura em até 95% dos casos.

 
Com informações da Oncomed-MT
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