Em meio a uma possível disputa interna dentro da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB), o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), aproveitou a comitiva do governo Federal na capital para relembrar o ‘sacríficio’ feito pela primeira-dama Márcia Pinheiro (PV) para dar um palanque ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para dar uma cobrada na fatura, visualizando um possível apoio ao vice-prefeito José Roberto Stopa (PV), que é o aliado de primeira hora do emedebista.
Nesta sexta-feira, o prefeito recebeu na capital os ministros de Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), que está no mesmo grupo político que Emanuel, de Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e ainda de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Além de outros representantes do governo Federal.
Em discurso, o chefe do Executivo aproveitou a oportunidade para jogar na cara que todos os aliados do PT, inclusive os próprios petistas, como o deputado estadual Lúdio Cabral e a ex-deputada federal Rosa Neide, não quiseram abrir mão de suas candidaturas para dar palanque a Lula no estado.
Fávaro também teria recuado da disputa e somente Márcia, que segundo Emanuel tinha uma candidatura tranquila para deputada estadual, encarou o desafio. O prefeito garantiu ainda que apesar da derrota não há arrependimento.
“A Márcia tinha uma eleição para deputada estadual praticamente tranquila, não vamos dizer eleita, porque nunca é fácil uma eleição, mas ela abriu mão para garantir a pedido, porque tínhamos uma visão de que o presidente Lula deveria ainda no primeiro turno ter um palanque em Cuiabá, esse projeto para assegurar o palanque de Lula, e temos orgulho, não nos arrependemos um minuto sequer”, declarou Emanuel.
O prefeito revelou também que a primeira-dama chegou a receber um convite do presidente Lula para compor a equipe do governo Federal, mas ela teria rejeitado, assim como não aceitou ser secretária na gestão do marido. “Ela quer ser primeira-dama”, declarou parafraseando Juscelino Kubitscheck, que ao elogiar a esposa Sara, destacou que a função de primeira-dama é muito mais que um ato de ofício ou uma certidão de casamento, mas sim um estado de espírito.
“A Márcia não está primeira-dama, ela é primeira-dama, para inspirar crianças, mulheres e famílias, para construir uma sociedade mais justa e humanitária”, finalizou.
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