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30/09/2023 às 13:13

​LIMITES HUMANOS

Burnout: Psicóloga ressalta como identificar e evitar a síndrome de esgotamento no trabalho

A Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio psíquico que provoca abalos na saúde mental e física. A psicóloga Eliane Fernandes aponta sinais de alerta.

Leiagora

A Síndrome de Burnout é um distúrbio emocional cada vez mais presente no cotidiano e na maioria das vezes passa despercebido até a pessoa sofrer uma crise.

A psicóloga Eliane Fernandes explica que a síndrome está diretamente relacionada com o esgotamento profissional. Os sintomas são de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de trabalho desgastante, sem que haja espaço para descanso e lazer na agenda rotineira.

“As pessoas vêm normalizando esse excesso de atividade. A gente tem que aprender a desacelerar, a não pegar tanta coisa para fazer. A gente tem prazer em dizer que estamos ocupados. Estar desocupado é como se você tivesse cometendo um crime, ou que você fosse uma pessoa horrorosa, já que está todo mundo ocupado. Então o chique hoje é você ter uma agenda extremamente cansativa, uma rotina diária extremamente puxada e aí você é alguém considerado digno de admiração”, destaca a psicóloga.

A especialista alerta que a sobrecarga de trabalho e atividades leva ao adoecimento emocional que a pessoa pode sofrer por anos, quando se vai normalizando as dores e o cansaço, até que ocorra uma crise.

Eliane ressalta que o Burnout é uma doença relacionada ao trabalho, e portanto, quem não pode deixar de trabalhar ou mudar de função deve buscar adaptar sua rotina de forma mais leve, readaptando funções, trabalhando menos, contraindo menos responsabilidades, reduzindo as atividades, inserindo momentos de lazer e atividade física.

“Como sei que estou com Burnout? Quando a segunda-feira é um tormento. Tomar banho e se arrumar vira um sofrimento. Começa a encontrar defeitos nas pessoas do trabalho, começa a encontrar defeitos no trabalho. Muitas vezes a pessoa pede as contas ou não pede porque depende daquilo ali. O Burnout está ligado à questão do trabalho porque tem uma porta de saída, mas eu não posso sair, porque se eu sair eu fico sem receber e a minha família passa dificuldade. Então é um sofrimento de uma escolha. Eu escolho, não escolhendo, passar por tudo isso em decorrência do meu salário”, pontua Eliane.

A psicóloga indica que as pessoas fiquem atentas aos sinais como queda de cabelo, ganho ou perda de peso, irritabilidade, dificuldade em relacionamentos e insônia. O alerta é para que não negligenciem o sofrimento e busquem ajuda.

“Não se cobre tanto. A gente não precisa ser perfeito. Uma das questões do Burnout é se tornar uma pessoa possível. Faça aquilo que é possível e o que não for possível deixa para fazer amanhã, se der para fazer, e  senão der deixa pra lá. É não se culpar por isso não se cobrar. A gente precisa entender que somos seres humanos e temos um limite”, reforça a especialista.

 
Da Assessoria
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