Em meio a uma nova série de reclamações quanto à falta de água em Várzea Grande, o prefeito Kalil Baracat (MDB) reforçou que privatizar o Departamento de Água e Esgoto (DAE) não é a solução neste momento, além de alertar para a inviabilidade da instauração de um plebiscito pela Câmara municipal.
“Primeiro de tudo, [...] eu tenho financiamentos através do Governo Federal de R$ 160 milhões que parte deles estão em execução na construção de uma estação de tratamento de esgoto, se caso houver uma privatização, perco os recursos”, disse o prefeito em coletiva de imprensa realizada nessa segunda-feira (2) ao destacar que a privatização atrapalharia o financiamento público de obras de estações de tratamento que já estão em andamento na cidade.
Quanto à propositura do vereador Bruno Rios (PSB) de instauração de um plebiscito para que a população pudesse decidir pela privatização ou não do DAE, o emedebista avalia que a proposta não é de competência de vereadores.
“A Câmara não tem prerrogativa de fazer plebiscito. [...] Quem está querendo fazer isso é de forma equivocada”.
Apesar de desconsiderar a hipótese no momento, Kalil afirma que a privatização poderá ser discutida futuramente, após as obras que estão em andamento na cidade serem finalizadas.
“Futuramente, depois que eu entregar as obras, estiverem funcionando, aí nós podemos fazer uma pesquisa de opinião pública e saber da sociedade. Mas até então, eu descarto a possibilidade e tenho feito os investimentos”, finalizou.
A cidade situada na Baixada Cuiabana enfrenta um problema crônico de abastecimento de água em diversas regiões. O prefeito Kalil Baracat que tentará a reeleição em 2024, foi eleito em 2020 sob a promessa de que solucionaria a questão até o fim de seu mandato.