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27/10/2023 às 08:37

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Técnica faz críticas à 'Pec do Plasma' e afirma que conta com bom senso de senadores de MT

A proposta que interfere na autonomia da pesquisa brasileira é tida como 'um risco enorme, um retrocesso', pela servidora

Luíza Vieira

Técnica faz críticas à 'Pec do Plasma' e afirma que conta com bom senso de senadores de MT

Foto: Emilly Cassim

A técnica do Sistema Único de Saúde (Sus) Magda Matos que atua no Hemocentro Cuiabá alerta para os prejuízos que poderão ser causados tanto na pesquisa científica brasileira quanto aos próprios pacientes dependentes de doação de sangue no país com a aprovação da ‘Pec do Plasma’ que tramita no Senado. Diante da situação ela cobra posicionamento dos representantes de Mato Grosso no Congresso Nacional.

Dentre as questões da proposta que afetariam os bancos de sangue brasileiros, está a obsolescência da pesquisa, apontou a servidora da saúde em entrevista ao Agora na Capital desta quinta-feira (26). 

“Quando eles alteram no artigo 199, parágrafo 4 e tiram a palavra pesquisa (...) Primeiro passo seria retirar do Brasil essa questão da autonomia quanto a pesquisa. É um risco enorme, um retrocesso gigantesco porque nós estaríamos em pouco tempo com produtos obsoletos e aí sim haveria uma justificativa para a gente comprar do exterior um produto que seria melhor, com certeza, eles estariam continuando as pesquisas e nós não, o produto deles seria de ponta  e o nosso não”,  declarou.

A Proposta de Emenda à Constituição (10/2022) aprovada pela Comissão de Constitucionalidade e Justiça (CCJ) no Senado, sugere uma alteração no artigo 199 da Constituição, que “proíbe a comercialização de tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento”, para abrir uma exceção para a comercialização do plasma.

Conforme Magda, afeta também todo o processo que o cidadão enfrenta para tornar-se doador de órgãos, que vai desde a iniciativa, os exames e também uma entrevista particular com um servidor para garantir a integridade do material doado.

“A doação de sangue deve ser anônima, voluntária, altruísta, não remunerada e responsável. Então, o doador ele é responsável por tudo que ele fala durante a triagem clínica que é a terceira etapa da doação de sangue e a etapa que garante a seguridade do sangue”, destaca.

A servidora cobra por ‘bom senso’ da bancada federal de Mato Grosso quando a proposta for votada no Senado. 

“O que a gente espera é que haja bom-senso por parte dos senadores porque  a questão da doação de sangue não perpassa brigas políticas (...) O que eu peço a cada senador do estado de Mato Grosso, que tenham bom-senso e votem não. Essa Pec não pode passar, essa Pec é um risco eminente à vida de todos os brasileiros”, disse.

Entrevista completa:

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