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Notícias / Política

24/11/2023 às 12:05

'INDECENTE'

Jayme toma dores de Buzetti e critica Fávaro por excluir suplente de votação no Senado

Fávaro foi exonerado pelo presidente da República para votar a favor do governo, mesmo assim PEC que limita atuação do STF foi aprovada

Da Redação - Renan Marcel / Reportagem local - Jardel P. Arruda

Jayme toma dores de Buzetti e critica Fávaro por excluir suplente de votação no Senado

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Senador Jayme Campos (União Brasil) tomou as dores da suplente do ministro Carlos Fávaro, Margareth Buzetti, ambos do PSD, por causa do retorno de Fávaro para as votações na última sessão do Senado. Sem citar nomes, Jayme discursou no evento de lançamento do Sistema Habitacional de Mato Grosso e ao cumprimentar Buzetti disse em tom de ironia que a parlamentar estaria com um "chicote na mão para dar em um cidadão, gente da melhor qualidade". 

Fávaro foi exonerado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na quarta-feira (22) para  votar a favor do governo, isolando assim Margareth Buzetti. "Não é papel de gente decente", criticou Jayme aos risos diante do dispositivo, que incluía o ministro das Cidades, Jader Filho.  

Ocorre que a suplente costuma adotar postura independente no Senado, apesar do PSD ser da base do governo federal. Ao longo do ano, Buzetti votou contra propostas de interesse do governo.

Nesta semana, Senado votou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita decisões individuais e pedidos de vista no Supremo Tribunal Federal (STF). Dos três senadores de Mato Grosso, Wellington Fagundes (PL), Jayme e Fávaro, apenas este último votou contra a proposta, que foi aprovada com  52 votos favoráveis e 18 contrários. A PEC agora segue para a Câmara dos Deputados.

Vale ressaltar que a exoneração de ministros para votar projetos de interesse do governo é uma estratégia adotada há bastante tempo pelo Executivo. Fernando Henrique Cardoso, Lula em seus primeiros mandatos, Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro tomaram essa decisão quando necessitavam garantir votos a favor do governo. Na gestão de Bolsonaro, até mesmo ex-integrantes do partido de Jayme Campos, como a ex-ministra Tereza Cristina e o ex-ministro Onyx Lorenzoni, foram exonerados e fizeram o mesmo papel que Fávaro desempenhou. 
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