O deputado Júlio Campos (União Brasil) se mostrou tão favorável à destinação de metade das emendas parlamentares à Saúde que fez uma sugestão ao governo. Citando as necessidades da população no setor em todo o estado, o parlamentar defendeu o incremento dos investimento, em detrimento a outras iniciativas da gestão estadual, como a luta pela estadualização do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, onde o Executivo promete investir R$ 200 milhões, caso passe a gerir a unidade.
"Caberá a cada deputado, de acordo com a sua conveniência, destinar os 50% para a Saúde, o que eu acho muito justo, porque o principal problema em nível municipal e estadual é a Saúde. Os hospitais regionais estão clamando por não terem recurso. Pontes e Lacerda, por exemplo, é um polo regional que não tem até hoje hemodiálise, na região de Juína e Aripuanã também. Acho justa a reivindicação do governador. Acho inclusive, e ia sugerir, que ao invés de encampar o Parque, que invista os R$ 200 milhões para zerar as filas de cirurgias eletivas"
Na quinta (4), o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), apresentou uma proposta que distribui o montante das emendas entre cirurgias eletivas, custeio e investimentos no setor, observando, respectivamente, os percentuais 40%, 40%, 20%. A ideia será discutida no colégio de líderes desta sexta.
Contudo, os deputados decidiram atender em partes o governador Mauro Mendes (União), destinando 30% para o programa de cirurgias, o que deve totalizar algo próximo de R$ 88 milhões, valor um pouco inferior do que o chefe do Executivo tinha planejado, que seria de R$ 100 milhões. Sobre as demais reivindicações do governo - que outros 40% do recurso fossem para custeio da Saúde e mais 20% para investimentos -, os deputados optaram por um sonoro ‘não’. E deixaram os 70% restante das emendas impositivas da saúde para livre indicação dos parlamentares, que já possuem acordos com prefeituras e entidades.