O Partido Renovação Democrática (PRD), criado a partir da fusão do Patriota com PTB, tem, cada vez mais, se tornado uma opção para o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União). A legenda nasce com a terceira maior sigla em número de filiados, com mais de 1 milhão de agremiados. Além disso, a legenda deve garantir um bom tempo de TV e ainda terá direito a uma parcela do Fundo Partidário estimada em R$ 22 milhões.
O próprio Botelho reconhece que a legenda é uma saída para que possa disputar a eleição em Cuiabá, já que, ao que tudo indica, o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, é quem deve ser o escolhido pelo governador Mauro Mendes (União) para disputar a prefeitura da capital pelo União Brasil. No entanto, o parlamentar prefere não criar grandes expectativas e se resume em afirmar apenas que “pode ser uma alternativa”.
Botelho aguarda, desde outubro do ano passado, o que ele chama de posicionamento oficial do governador quanto à disputa na capital. No entanto, Mauro já declarou publicamente várias vezes que seu apoio é a Fábio Garcia, com quem teria se comprometido desde janeiro do ano passado. Ocorre que o presidente da AL também precisa de uma carta de liberação para poder deixar a legenda sem correr o risco de perder o mandato. E, eis que esta é a problemática.
Apesar de existir um acordo, firmado em reunião do diretório estadual em março do ano passado, de que os deputados teriam a liberação para deixar a legenda, até hoje essa tal carta não foi emitida, o que deixa o deputado amarrado nas composições políticas.
Botelho estava com o pé no PSD e havia até uma expectativa de que um ato de filiação ocorresse em dezembro, porém, o presidente da AL decidiu seguir no União, estendendo os capítulos dessa novela, que até o deputado reconhece se tratar de um drama “mexicano”. Com isto, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, presidente do PSD em Mato Grosso, foi chamado pelo presidente Lula (PT) e firmou compromisso de apoiar o candidato da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB).
Apesar de Fávaro já ter confirmado e reafirmado este acordo com a Federação, Botelho diz que não tem portas fechadas. Porém, tem ficado mais complicado para ele a filiação no PSD. Por isso, a alternativa do PRD é mais viável, no atual momento, até mesmo pela possível ida também de aliados.
Porém, o ex-secretário da Casa Civil, Mauro Carvalho, teria também interesse em assumir a legenda no estado e foi até São Paulo também para negociar com Ovasco. Agora, resta saber se seria interesse de Carvalho apoiar Botelho, uma vez que é ligado a Fábio Garcia, ou atuaria para blindar a candidatura do parlamentar.
Por enquanto, Botelho ainda segue esperando uma definição do União Brasil e prefere não dar mais prazo para resolver a situação. Ele conta com o “tempo de Deus” para definir seu futuro político.
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