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Notícias / Judiciário

08/02/2024 às 08:34

HOMICÍDIO TRIPLAMENTE QUALIFICADO

Trio responsável por execução de advogado em Cuiabá é denunciado pelo MP

Também foi requerida a conversão das prisões temporárias em prisões preventivas

Eloany Nascimento

Trio responsável por execução de advogado em Cuiabá é denunciado pelo MP

Foto: reprodução

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) denunciou, nesta quarta-feira (7), o atirador Antonio Gomes da Silva, o intermediador Hedilerson Fialho Martins Barbosa e o financiador coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas por homicídio triplamente qualificado do advogado Roberto Zampieri, em Cuiabá. Também foi requerida a conversão das prisões temporárias em prisões preventivas. 

A denúncia foi realizada após a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) indiciar os trio responsável pela execução do advogado na última terça (6). Conforme o documento, o crime foi cometido mediante paga e promessa de recompensa, com recurso que dificultou a defesa da vítima e emprego de arma de uso restrito. 

Conforme a peça, o advogado Roberto Zampieri foi executado com disparos de arma de fogo no dia 5 dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, em frente ao escritório dele. Conforme a denúncia, “Antonio Gomes da Silva, utilizando-se de recurso que dificultou a defesa da vítima, auxiliado por Hedilerson Fialho Martins Barbosa, agindo ambos mediante paga e promessa de recompensa efetivada por Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, efetuou disparos de arma de fogo contra a vítima”. 

As investigações apontaram que, por motivos ainda não esclarecidos, o coronel reformado Etevaldo contratou o pedreiro Antonio e o instrutor de tiro e despachante Hedilerson para matar Roberto Zampieri.

Em novembro, Antonio procurou a vítima sob o falso pretexto de contratar seus serviços profissionais. Ele chegou a marcar uma visita a uma propriedade rural com o advogado, com a intenção de matá-lo com uso de uma marreta. Na data marcada, o advogado mandou um amigo em seu lugar, frustrando o plano.

Posteriormente, Antonio solicitou que Hedilerson lhe trouxesse uma arma de fogo para execução do crime, recebendo uma pistola marca Taurus 9mm. “Na noite do macabro assassinato, a vítima saiu do interior de seu escritório de advocacia e, instantes após entrar no seu veículo automotor, foi surpreendida por Antonio Gomes da Silva, que já a espreitava, oportunidade em que foi atingida por diversos disparos de arma de fogo, que causaram sua morte por choque hipovolêmico decorrente de ferimentos perfuro-contundentes”, narra a denúncia. Antonio receberia R$ 40 mil para a execução do crime. 

A denúncia do MPMT é assinada pelos promotores de Justiça Samuel Frungilo (21ª Promotoria Criminal), Marcelle Rodrigues da Costa e Faria (28ª Promotoria Criminal), Vinícius Gahyva Martins (1ª Promotoria Criminal) e Jorge Paulo Damante Pereira (2ª Promotoria Criminal).

Mandante ilesa

A suposta mandante do crime, a empresária mineira Mária Angélica Caixeta Gontijo, não foi denunciada, pois ela não foi indiciada pela DHPP, por falta de provas técnicas sobre sua participação na execução de Zampieiri. Ela chegou a ser presa temporáriamente após elementos que indicavam seu envolvimento no crime, mas foi liberada após 30 dias. 

 
Com assessoria/MPMT

 
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