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02/02/2024 às 11:08

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DHPP não consegue juntar provas técnicas para indiciar empresária mineira por envolvimento na morte de advogado

Atirador, intermediador e coronel do exército serão indiciados por homicídio qualificado de Zampieri

Eloany Nascimento

DHPP não consegue juntar provas técnicas para indiciar empresária mineira por envolvimento na morte de advogado

Foto: reprodução/Montagem Leiagora

A  Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) não conseguiu juntar provas técnicas para indiciar a empresária mineira Maria Angélica Caixeta Gontijo, por envolvimento na execução do advogado Roberto Zampieri. A informação foi confirmada na manhã desta sexta-feira (2), ao Leiagora pelo delegado responsável pelo inquérito, Nilson Farias. Ainda segundo a autoridade policial, os outros três suspeitos deverão ser indiciados por homicídio qualificado.

No início das investigações a empresária foi apontada como a suposta mandante do crime. Na época em que foi presa, os investigadores conseguiram coletar elementos da ligação dela com a execução de Zampieri. Entre os indícios, haviam uma disputa de terra em que o advogado a representou, denúncia anônima de que Gontijo estaria vendendo uma propriedade rural localizada no município de Ribeirão Cascalheira, a qualquer preço, com o objetivo de fugir do país, bem como os testemunhos dos outros três investigados. Além disso, a mulher veio duas vezes a Cuiabá, sendo uma delas no dia do assassinato.

No entanto, apesar desses elementos, as informações colhidas não serão suficientes para servir como provas do envolvimento de Maria Angélica com a execução.

“Ao meu ver todos contribuíram para a prática desse crime. No entanto, a empresária Maria Angélica Gontijo, não será iniciada, pois com o desenrolar das investigações os elementos que têm em relação a ela não foram suficientes para convencer a autoridade policial”, explicou Nilson.

O prazo para a conclusão do inquérito policial é somente depois do Carnaval, contudo, o delegado confirmou que deverá finalizar até a próxima terça (6), um dia após o caso completar dois meses. 

“As prisões temporárias foram de 30 dias com a prorrogação igual ao mesmo período, então ainda tem tempo para concluir, mas entre o dia 5 e 6 o inquérito será concluído. Em relação, ao atirador, intermediador e financiador foram encontrados elementos suficientes para minha convicção como autoridade policial presidente do inquérito de que eles praticaram o homicídio”.

Segundo o Farias, o executor do crime Antônio Gomes da Silva, o intermediário, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e o financiador e coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, serão indiciados por homicídio qualificado com as qualificadoras, traição ou emboscada e a mediante paga ou promessa de recompensa.

Questionado se há possibilidade de abertura de uma nova investigação futuramente contra a suposta mandante, ele afirmou que sim. “Nada impede que no futuro possam surgir elementos provas e ela possa ser indiciada em outro momento, ou que vai ser instaurado outro inquérito para continuar as investigações”, finalizou.

Execução de Zampieiri 

O advogado Roberto Zampieri foi assassinado a tiros na noite do dia 5 de dezembro, no Bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. O crime ocorreu quando ele saía do seu escritório de advocacia, localizado na Rua Topázio.

Zampieri foi executado com ao menos 10 tiros ao entrar dentro do carro dele, um Fiat Toro, por volta das 19h40 e foi a óbito no local. 
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