O deputado federal e pré-candidato a prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL) não acredita que o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União) estará em seu palanque nas eleições municipais deste ano. Em seu entendimento, o integrante do primeiro escalão estadual é um político de grupo e, mesmo estando chateado por ter sido preterido dentro do partido em detrimento de Eduardo Botelho, irá se manter neutro na disputa.
“O Fábio é um cara muito coerente no posicionamento dele. Em momento nenhum desse período de pré-disputa, ele falou que ia sair do partido. Eu nunca vi o Fábio falando: ‘se não for eu, eu vou sair do partido’. Nunca vi ele fazer esse tipo de posicionamento. E ele sempre defendeu um posicionamento leal ao Mauro. E o Fábio defende essa governabilidade do estado, ou seja, o projeto do Fábio é o projeto do governo do Mauro. (...) Eu acho que é mais natural que ele se reserve, que ele cuide de sua família, que ele cuide do seu mandato de deputado federal, ou das suas ações de secretário",afirmou Abílio na manhã de sexta-feira (23) durante entrevista concedida ao Leiagora.
Apesar de acreditar que ele não irá subir em seu palanque, o congressista também não vê Garcia pedindo votos para Botelho. "É ruim pra ele manifestar apoio pro Botelho e também é ruim pra ele manifestar apoio pro nosso lado”, completou.
Na quinta (22), Fábio Garcia concedeu entrevista coletiva e afirmou que o União Brasil não pode cobrar lealdade dele, insinuando que pode vir a apoiar a candidatura de Abílio na Capital.
Visivelmente chateado com a decisão tomada pelo governador Mauro Mendes (União) de escolher Eduardo Botelho como candidato da agremiação, Garcia se esquiva quando é indagado sobre apoio ao seu colega de partido na corrida eleitoral deste ano.
Na visão de Abílio, a pressão feita por Botelho e seus aliados para que Mauro Mendes apoiasse a sua candidatura, colocou Garcia em uma situação complicada haja vista que acabou criando um clima de racha dentro do União.
“Isso infere na governabilidade, são deputados estaduais colocando numa situação de pressão o governador do estado que por acaso é o presidente do partido para que se ele não escolher o presidente da Assembleia..., olha só que rolo institucional e partidário misturado. Então, agora imagina o seguinte, o governador escolheu a governabilidade. Essa foi a decisão dele. O Fábio, que é o seu secretário da Casa Civil, vai ir em desacordo da escolha dele? Porque o Fábio, além de candidato, ele é o secretário da Casa Civil. Então, assim, eu acho um pouco difícil”, finalizou.