Em busca de uma nova "casa", o vereador Marcrean Santos (PP) tentou buscar acesso ao União Brasil para disputar a reeleição deste ano, mas a sua ligação com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) fez com que ele desse com a cara na porte. Além do mais, os vereadores com mandato que integram a agremiação e aqueles que já se filiaçõa a sigla, temem que a chegada do parlamentar "pese", ainda mais, a chapa.
O deputado estadual Júlio Campos (União), que teve o vereador como seu coordenador de campanha, criticou o veto à filiação. “Dificuldade tem na direção do partido aqui de Cuiabá e nos vereadores atuais, que estão vindo na última hora, que nunca foram do União Brasil, não conhecem o estatuto do União Brasil e já quer sentar na janelinha do partido”, ironizou.
Pesa ainda contra a filiação, o fato de Marcrean ser aliado do atual prefeito, inclusive, comandando a Secretaria Municipal de Habitação. Nesta segunda-feira (1º) ele se desincompatibiliza do cargo para voltar à Câmara Municipal, tendo em as regras da legislação eleitoral.
Júlio Campos lembra que o vereador já apoiou o deputado estadual Eduardo Botelho (União) na eleição para deputado e, por isso, tem "um compromisso e uma simpatia" pelo pré-candidato a prefeito de Cuiabá.
“Quem não quer um político como o Macrean? Um homem de bairro, um homem que, no mínimo, terá cinco mil votos? [...] Ele tem um compromisso e uma simpatia em apoiar o deputado Botelho, da qual ele já foi aliado na eleição anterior. Mas essas coisas nós estamos conversando [...] Eu acredito que daqui até dia 6, que é o último dia, nós podemos chegar a um entendimento”, afirmou.
Até o início da janela partidária, em 6 de março, o União Brasil contava com dois vereadores: Cezinha Nascimento e Michelly Alencar. Durante essa brecha na legislação eleitoral, que permite que políticos com mandato troquem de legenda sem incorrer em infedelidade partidária, os vereadores Luiz Fernando e Dilemário Alencar deixaram os seus partidos de origem e se filiaram ao União Brasil.
Com isso, a agremiação passou a contar com quatro vereadores de mandato que irão disputar a reeleição no pleito deste ano. Além do mais, a sigla conta com outros nomes de peso, que está fazendo com que a chapa seja chapada de "chapa da morte".
