Ao falar sobre o déficit de profissionais da saúde no Norte de Mato Grosso, o secretário estadual de Saúde Gilberto Figueiredo, atribuiu a Operação Espelho, que investiga suposto esquema de corrupção na pasta, o colapso no atendimento dos hospitais regionais de Sorriso e Colíder. Isso, porque a ação impediu a contratação de nove empresas pelo Poder Público do Estado.
Sem polemizar a investigação, Gilberto ainda acrescentou que o cenário de caos evidenciado no Nortão trata-se de um ‘problema temporário’, que em breve deve ser solucionado pelo Governo.
“O Estado abriu o processo seletivo para a contratação de especialistas, está publicado, está vigente, nós temos o edital publicado para contratar empresas que estejam habilitadas a prestar serviços, então nós estamos atuando em várias frentes para solucionar o problema. Esse problema foi anunciado quando aconteceu a Operação Espelho, que impediu que 9 empresas fossem contratadas pelo Poder Público, gerando um problema temporário, mas tenho certeza que nós vamos encontrar todas as soluções para esses problemas”, disparou à imprensa nesta terça-feira (2).
Na avaliação do secretário, o problema já esteve ‘muito maior’, e em diversos hospitais do Estado.
Isso porque, quando se trata do setor ortopédico dos municípios, o mais afetado pelo déficit profissional, o problema está concentrado apenas em Colíder. Em Sorriso, ele já foi reestabelecido.
“Em Sorriso está restabelecido, por exemplo, hoje em dia esse problema só persiste em Colíder, que nós já estamos fazendo o manejo dos pacientes para as outras unidades. Mas, como eu disse antes, nós temos um processo licitatório publicado e nós esperamos que possam aparecer as empresas que consigam atender a essa necessidade o quanto antes”, destacou.
Ortopedia em déficit
Segundo Gilberto, o déficit no setor ortopédico dos municípios é vigente em todo o Estado. Isso foi constatado com maior clareza após Mato Grosso registrar apenas 76 inscrições para a especialidade.
“Os números do concurso já mostram a deficiência no mercado e quanto mais distante do grande centro da Capital, é mais difícil para levar médico”, reiterou.
