No início desta semana, a Diretoria de Vigilância em Saúde de Cuiabá, emitiu um alerta sobre o risco crescente de Febre Oropouche com a intenção de reforçar a vigilância e a detecção precoce de casos suspeitos.
Apesar de nenhum caso ter sido confirmado oficialmente pelas autoridades em saúde de Cuiabá ou do Estado, o Ministério da Saúde (MS) indica que 11 pessoas testaram positivo para a doença em Mato Grosso.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) esclareceu que assim que tomou conhecimento dos casos, por meio do informe semanal do Centro de Operações de Emergência e Arboviroses, pediu informações do Ministério da Saúde e aguarda retorno.
O Leiagora conversou com o técnico do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Cuiabá (CIEVS), Weslen Padilha. Ele relatou que a Febre Oropouche é causada por um arbovírus, transmitido pela picada de mosquitos vetores conhecidos como “maruim” ou “porvinha”.
O técnico alertou que, assim como para evitar os casos de dengue e chikungunya, a eliminação dos criadouros é essencial.
“O que diferencia [as doenças] é sobre o vetor Aedes Aegypti e o Maruim/Mosquito-pólvora. O Aedes se reproduz em criadouros que possui água parada. Já o vetor da Febre Oropouche coloca seus ovos em locais úmidos e ricos em matéria orgânica em decomposição: madeira apodrecida, frutas, cascas e folhas de árvores, esterco, fezes, esgoto e lama”, explicou.
Os sintomas da Febre Oropouche são muito semelhantes aos de outras doenças, incluindo febre súbita, dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, tontura, sensibilidade à luz e náuseas. Por isso, é preciso eliminar todas as suspeitas.
“Deve se pensar em Febre Oropouche caso o paciente apresente os sintomas descritos e os exames laboratoriais para Dengue, Chikungunya e Zika (DCZ) apresentem resultados negativos”, reforçou Weslen.
Orientações
Qualquer caso suspeito da doença deve ser comunicado à Vigilância Epidemiológica de Cuiabá em até 24 horas, por meio do WhatsApp (65) 99206-8618.
Para viajantes que apresentem os sintomas, é importante procurar assistência médica, relatando o trajeto da viagem, especialmente se incluir áreas afetadas pela Febre Oropouche.
Amazonas, Rondônia e Pará são os estados que mais registraram casos no Brasil. Desde o início do ano, são 3.301 amostras positivas do vírus, de acordo com o MS.
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