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22/04/2024 às 13:34

CASO VICENTE

'Estão desesperadas em busca de um culpado', diz mãe de bebê que morreu em creche de VG

Em conversa com o Leiagora, Karine Camargo compartilhou a dor em lidar com a perda prematura do filho de 5 meses e a busca por Justiça em torno do caso

Amanda Garcia

'Estão desesperadas em busca de um culpado', diz mãe de bebê que morreu em creche de VG

Foto: Reprodução

Karine Camargo, mãe do bebê de 5 meses que morreu com traumatismo craniano no berçário Espaço Criança Feliz, em Várzea Grande, afirmou que as proprietárias da creche ‘estão desesperadas’ em busca de um culpado. Ao Leiagora, a mãe compartilhou a dor em lidar com a perda prematura do filho e a busca por Justiça diante da omissão da escola em assumir a responsabilidade pela morte de Vicente.

“Elas estão desesperadas querendo encontrar um culpado, sendo que elas mesmas são as culpadas. Chegaram a me culpar dizendo que eu não procurei o hospital, que ele não havia passado por exames, e muito pelo contrário, tenho todos os exames que comprovam que ele passou por atendimento, que não houve negligência da minha parte e muito menos do hospital”, disse.

Em conversa com a reportagem, Karine contou que o filho começou a frequentar a instituição no dia 10 de abril. Segundo ela, uma semana depois, Vicente foi levado à escola e horas depois encaminhado ao Hospital Santa Rita, onde já chegou ‘praticamente morto’.

Inicialmente, a creche informou que o menino foi levado a unidade de saúde após sofrer um engasgo com leite. No entanto, um laudo preliminar do IML apontou que Vicente morreu de traumatismo craniano. “Quando eu peguei meu filho morto no meu colo, eu vi o roxo na cabeça dele. Naquela hora eu tinha certeza que meu filho não tinha morrido engasgado”.

Conforme a mãe, Vicente frequentou a creche por 4 dias. Visto que, logo nos primeiros dias ele passou a apresentar os sintomas de virose e ela não o mandou mais para a escolinha.

“Ele foi na creche dia 10 e 11, mas começou a ficar doente, eu estava muito atenta, levei ele no hospital, ele passou por exame de sangue e não constou nada. Consegui um atestado de 4 dias para ficar com ele. Como não tinha explicação, a médica chegou até cogitar a possibilidade de virose em decorrência do contato com outras crianças. Na semana seguinte ele estava bem melhor, e quando foi no dia 16 levei ele de novo”, contou.

O pesadelo começou na quarta-feira (17). Ao Leiagora, Karine contou que Vicente amanheceu muito bem, ativo e rindo. Horas depois, já no trabalho, passou a sentir uma ‘sensação estranha’.

“Mãe sente, não tem jeito, não sabia o que era, mas meu coração estava apertado, foi quando eu mandei uma mensagem 14h54 perguntando se ele estava bem e não me responderam. Exatamente 1h depois eu recebi uma mensagem de umas proprietárias pedindo para que eu corresse para o hospital, chegando lá eu encontrei meu já praticamente morto”, destacou.

O que diz a escola

Neste domingo (21), dias após a morte da criança, a escola lamentou o ocorrido por meio das redes sociais. No pronunciamento, a creche afirmou que ‘aquele que errou, com certeza vai pagar’. A unidade funcionava de maneira irregular, sem autorização da Prefeitura e alvará.

“Antes de tudo gostaria de dizer que a dor dessa mãe é inestimável e incalculável. Nossa equipe é formada por mães também e todas as mães choram nesse momento. Karine eu rezo e oro pra que Deus te conforte, te de coragem e sabedoria nesse momento tão dificil. Quem errou vai pagar e eu creio que no momento certo você terá sabedoria para avaliar tudo que aconteceu”, aparece.

Sem assumir a responsabilidade do ocorrido, tanto Karine quanto as proprietárias da instituição aguardam a conclusão do laudo pericial completo sobre a morte de Vicente. Este, está previsto para ser finalizado nesta quarta-feira (24). A expectativa é de que a perícia responda as principais questões torno do caso, como sobre a altura que o bebê caiu e a hora de morte.

Busca por Justiça

Nesta segunda-feira (22) acontece uma manifestação em frente a creche. Ao Leiagora, a mãe de Vicente assegurou que irá lutar até fim por Justiça.

“Eu estou de pé pelo meu filho, para pedir Justiça, meu desejo era me fechar e viver esse luto, mas além de não conseguir fazer isso, tenho que ficar debatendo com esses monstros. É uma dor terrível, saber que ele sofreu aquela e que elas ainda estão omitindo”, reiterou.
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