18/02/2019 às 09:21
Redação Leiagora
?Temos uma crise política e uma crise econômica, juntas. Qual crise vamos resolver primeiro??. O questionamento foi apresentado pelo senador Wellington Fagundes (PR) ao indicado do Governo Jair Bolsonaro para ocupar a presidência do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante encontro, no Senado Federal.
Ante a resposta do economista, Fagundes foi taxativo: ?Temos que resolver a crise política?. E acrescentou: ?Temos que ter a paz política?. Com experiência de seis mandatos como deputados federal e agora senador, Wellington lembrou que outros momentos o Brasil enfrentou crise política e em outra crise econômica. Desde o mandato passado, o Brasil vive duas crises acumuladas.
Fagundes citou como exemplo o conflito que se estabeleceu entre o filho do presidente Jair Bolsonaro, e o ministro-chefe da Secretaria Geral de Governo, Gustavo Bibbiano. Carlos Bolsonaro afirmou que Bebbiano estava mentindo. ?Tudo isso leva a uma instabilidade? - acentuou. Por outro lado, citou o exemplo da eleição no Senado, cujo presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP), apesar da idade, tem demonstrado, segundo ele, grande capacidade de articulação política. ?O senador Davi [Alcolumbre] traz para nós uma nova luz? ? comentou.
?Eu acho que os técnicos da economia, seja técnico de qualquer área tem a sua competência, a sua formação, mas tem que ter a visão de que nós da classe política estamos aqui representando a população para fazer o equilíbrio, o equilíbrio da Nação e principalmente esta Casa que é a Casa da moderação, a Casa revisora tem ainda esse papel fundamental? ? frisou.
Roberto Campos Neto será sabatinado no próximo dia 26 na Comissão de Assuntos Econômico (CAE), juntamente com outros dois indicados para diretorias do banco. Fagundes relatará a indicação de João Manoel Pinto de Melo para a diretoria Organização do Sistema Financeiro. Outro indicado é Bruno Serra Fernandes para a Diretoria de Política Monetária.
Fagundes destacou, durante pronunciamento, as qualidades do indicado para a presidência do Banco Central e da sua hereditariedade. Ele é neto de Roberto Campos, ex-senador por Mato Grosso e um dos fundadores do Banco Central do Brasil. Fagundes lembrou a época em que Roberto Campos percorreu Mato Grosso em campanha, após deixar a Embaixada do Brasil em Washington, Estados Unidos. Contou sobre o acidente aéreo e também o calor de 38 graus.
LEI KANDIR ? Relator do projeto de lei complementar que regulamenta as transferências a título de compensação previstas na Lei Kandir, o senador Wellington Fagundes tem se dedicado a busca da aprovação da matéria de forma imediata. Ele lembrou que no ano passado, após inúmeras audiências, o Tribunal de Contas da União deixou claro que a regulamentação cabe ao Congresso Nacional.
?Isso é uma decisão do Congresso Nacional, que tem que votar e impor ao Governo a devolução daquilo que é justo para cada Estado? ? assinalou o republicano.
Fagundes ressaltou que o Congresso vem se mobilizando para votar o projeto de Lei Complementar, construída pela Comissão Mista do Congresso Nacional. ?Nós precisamos votar, nós precisamos resolver esse impasse, ou o Governo faz uma reforma tributária rapidamente, o que não será feito. Hoje o foco do Governo primeiro é a previdência, depois vêm outros, a questão da segurança. Então, a reforma tributária, eu não acredito que acontecerá em curto prazo? ? disse.
Direto da assessoria
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