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05/03/2020 às 17:20

Coronavírus pode pesar sobre resultados só em 2021, estimam consultores

As infecções podem limitar os ganhos do PIB da agropecuária no primeiro trimestre de 2020

Leiagora

Coronavírus pode pesar sobre resultados só em 2021, estimam consultores

Foto: Reprodução

Um possível impacto do coronavírus sobre o desempenho da produção da agropecuária brasileira deve ocorrer somente em 2021, avaliam consultorias consultadas pelo Broadcast Agro.

"Se a disseminação da doença se prolongar e as exportações e os preços das commodities brasileiras caírem, esse cenário pode desestimular a produção 2020/21 e pesar sobre o PIB do setor no próximo ano. Mas este ainda não é o cenário esperado no momento", aponta o analista de Mercado da consultoria INTL FCStone, Vitor Andrioli.

Ele acrescenta que os bancos centrais das principais economias e as autoridades dos países contaminados demonstram tentativa de controle dos efeitos da doença sobre a economia mundial, podendo diminuir os reflexos negativos sobre uma desaceleração imediata. "Por isso, o efeito pode ser retardado e um impacto negativo poderia vir mais a frente", acrescenta o analista.

Para o sócio diretor da consultoria MB Agro, José Carlos Vannini Hausknecht, a epidemia pode limitar os ganhos do PIB da agropecuária no primeiro trimestre de 2020, mas não deve reverter o crescimento esperado para o acumulado do ano. "Os resultados não vão ser ruins, mas consideramos que poderiam ser ainda melhores se o cenário não incluísse o coronavírus", afirma o executivo.

Segundo ele, embora a receita com as exportações brasileiras de carnes em fevereiro tenha subido em relação ao mesmo período de 2019 - aumento já previsto pela consultoria -, os problemas logísticos na China podem ter afetado os resultados, ainda que em níveis pouco significativos para o Brasil, por enquanto.

O Núcleo Econômico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirma que já considera o impacto adverso da desaceleração da China sobre a economia brasileira e a queda de preços das commodities agrícolas em virtude da rápida disseminação da doença em sua estimativa para 2020 que, mesmo assim, foi elevada. A entidade espera crescimento de 3,5% a 4% para o PIB Agro do acumulado do ano, ante previsão de alta de 3% feita no fim de 2019.
Estadão Conteúdo
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