O depoimento dos irmãos da adolescente apontada como responsável por atirar e matar a amiga Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, foi realizado na manhã desta terça-feira (28), durou cerca de duas horas e meia, mas não foi acompanhado pela defesa. Foram utilizadas técnicas especiais e as declarações foram filmadas para que, depois, possam ser analisadas. Eles comentaram sobre os fatos no dia da tragédia, o que viram, ouviram e sabiam da relação das duas jovens.
O advogado de defesa da família Cestari, Renan Serra, informou que ainda não teve acesso ao depoimento nem dos irmãos e nem mesmo do namorado da adolescente, o qual teria dito que a arma usada no crime não teria sido deixada engatilhada por ele.
"Eu não tive acesso aos depoimentos porque são produzido por técnicas especiais. Não se resumem a termos, são filmados", justificou. Ele também pontuou que, devido ao sigilo das investigações, não pode se manifestar sobre o assunto.
Mesmo sem acompanhar a oitiva dos adolescentes, Renan informou que a defesa não dificultou em nenhum momento o protocolo adotado pela Polícia Civil e segue na linha colaborativa.
Renan também disse que até o momento não foi comunicado se a adolescente que atirou na amiga e seu pai, Marcelo Cestari, que foram ouvido ainda no dia da tragédia, serão convocados novamente.
A polícia informou que, para evitar que os jovens prestem depoimento mais de uma vez, a equipe vai utiliza técnicas do "depoimento especial", que deixa os envolvidos narrarem de forma livre sobre os fatos, mas, ao mesmo tempo, limitando o relato ao que for estritamente necessário. Nesse caso, os delegados podem intervir para tentar elucidar os fatos narrados.
O depoimento especial é realizado em uma sala na Deddica, com estrutura técnica preparada para receber crianças e adolescente e foi reformada em parceria com o Ministério Público Estadual. O espaço tem acolhimento especial e lúdico, e conta com equipamentos para gravação dos depoimentos.
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