O posicionamento do vereador Sargento Joelson (SD) na nova votação do relatório da chamada CPI do Paletó pode causar sanções para ele dentro da agremiação. O presidente municipal da legenda, Aluízo Lima afirma que o caso será analisando pela Executiva Nacional do partido.
No entanto, Aluízo admite que o voto favorável ao relatório já era esperado, uma vez que quando ele se filiou na sigla durante a janela partidária, ele já fazia parte do boco de oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Ele coloca ainda que situação é uma particularidade.
O Solidariedade enviou um documento à Câmara de Cuiabá, o qual orientou a bancada de vereadores da legenda a votarem a favor do arquivamento do relatório da CPI, que pedia o afastamento de Pinheiro por 180 dias e ainda a abertura de uma comissão processante contra o emedebista.
O ofício foi lido no início da sessão extraordinária desta terça-feira (29). O seu colega de bancada, vereador Vinicyus Hungueney, acolheu o posicionamento do partido e votou pelo arquivamento do relatório da CPI.
Apesar disso, Joelson afirma que não teme qualquer tipo de punição por parte do partido. “Se meu partido pede para ficar do lado de um bandido, não conte comigo, vou votar com minha consciência, com minha base, junto com meus eleitores", disparou durante a sessão.
Em entrevista após a sessão, o vereador disse que respeita o partido, mas para ele, é uma decisão política que cabia a cada vereador. "Não cometi um ato de insanidade, estou com a consciência tranquila, agora a sociedade precisa avaliar cada um dos 25 que estão aqui e do prefeito. Não conseguimos afastar ele aqui, agora é o cidadão que tem que avaliar”, justificou.
O parlamentar ainda frisa que não conseguiu debater o assunto junto à Executiva. “Não tivemos uma oportunidade de fazer essa discussão dentro do partido, eles notificaram a câmara municipal, não me notificou. O relatório e uma produção nossa, do vereador Joelson, não tinha condições depois de 120 dias de trabalho, do relatório feito, eu vim aqui e mudar meu voto porque o partido pediu”, finalizou.
Joelson respondia pela relatoria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o prefeito no Legislativo Cuiabano. Por decisão judicial, os vereadores tiveram que votar novamente o relatório final da CPI na manhã desta terça-feira (29), mas por 15 a 8 acabou arquivado pela segunda vez.
