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Notícias / Política

11/11/2020 às 12:10

Clima esquenta entre França e Emanuel durante debate; acompanhe

Todos os temas abordados foram utilizados pelos candidatos para criticar a atual administração.

Kamila Arruda

Clima esquenta entre França e Emanuel durante debate; acompanhe

Foto: Amanda Simeone/Playagora

O último debate entre os candidatos a prefeito de Cuiabá teve baixaria, troca de acusações, bombardeio contra Emanuel Pinheiro (MDB), que desta vez surpreendeu ao comparecer, já que até agora se ausentou de todos os debates. 

Veja o que rolou

1º bloco


A troca de farpas entre os postulantes ao comando do Palácio Alencastro marcou o primeiro bloco do debate realizado pela TV Vila Real nesta quarta-feira (11). Após faltar o primeiro encontro, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que busca a reeleição neste ano, foi bombardeado pelos demais candidatos. 

O emedebista recebeu alfinetadas de todos os seus adversários de forma direta ou indireta. Todos os temas abordados foram utilizados pelos candidatos para criticar a atual administração.

O ex-juiz federal Julier Sebastião (PT) foi o primeiro a “atacar” Pinheiro, perguntando a ele sobre a gravação em que ele aparece recebendo maços de dinheiro das mãos de Silvio César Corrêa, ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa. “Quanto dinheiro estava no bolso do Paletó?”, questionou.

O chefe do Executivo desconversou e apresentou os seus feitos para a saúde pública. ”Muito me estranha um ex-juiz federal não saber que quando um processo está em sigilo judicial, não se pode falar como ele. Mas estou aqui para falar de propostas, promovemos a maior realização da historia de Cuiabá. Tínhamos uma demanda terrível na saúde, e conseguimos entregar o novo Hospital de Cuiabá, que muitos prometeram e não entregaram”, rebateu o prefeito.

Leia também - Candidatos chegam para debate e apoiadores se aglomeram com bandeiraço - vídeo

A postura de Pinheiro mediante a pandemia do coronavírus também foi alvo de críticas. O candidato pelo Novo, Paulo Henrique Grando, chegou a classificar as medidas adotadas pela Prefeitura de Cuiabá como “ridículas”. “Pra mim foi uma condução desastrosa, sem prudência nenhum”, completou.

Outro tema abordado durante o primeiro bloco foi a reativação da Sanecap na Capital, uma das respostas voltadas para o saneamento do candidato petista. Julier disse que o emedebista “protege” a empresa Águas Cuiabá, atual concessionária de água e esgoto da Capital. As declarações foram feitas quando o ex-juiz respondia a um questionamento feito por Grando.

A medida fez com que Pinheiro solicitasse direito de resposta, o qual seria analisado pela produção do debate.

A saúde pública também foi debatida entre os candidatos. O advogado Aécio Rodrigues questionou o apresentador Roberto França (Patriota) sobre suas propostas para a saúde básica, e o candidato respondeu com uma série de criticas a gestão do atual prefeito.

“A saúde básica está desmontada, acabada. Pessoas levam 8 horas esperando para serem consultadas e, quando conseguem, não têm medicamento”, criticou o apresentador.

O jurista, entretanto, rebateu, dizendo que França já teve oportunidade de melhorar a saúde pública quando era prefeito de Cuiabá. “Você já teve oportunidade de fazer em oito anos. Não queremos trazer promessas e sim propostas para a população”, disse.

O combate à corrupção foi levantada pelo vereador Abílio Junior (Podemos) em uma pergunta feita a França. 

“É lamentável que a Prefeitura chegou a esse descalabro administrativo onde impera a corrupção, com quatro secretários afastados, algo que nunca tinha acontecido na história de Cuiabá.  Os órgãos de controle precisa agir.  Não podemos mais aceita essa administração corrupta”, respondeu o patriota.

Por conta da pergunta de Abílio e da responda de França, Emanuel Pinheiro pediu outro direito de resposta, que também seria analisado pela direção do programa.  

Em outra opotunidade, Gisela também abordou esse tema e afirmou que Pinheiro é símbolo da corrupção na Capital, tendo em vista que foi gravado e delatado por Silval e pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa José Riva.

Além disso, Gisela citou que o prefeito é acusado vender incentivos fiscais para  o grupo Caramuru e que, como prefeito, teve secretários preso e afastado. “O senhor se considera um corrupto profissional?”, questionou.

“Tenho ouvido tantas pérolas que parece até brincadeira", rebateu Pinheiro. "É um debate, mas estou dando graças a Deus que fomos prefeito da pandemia, porque se fosse outro, eu estaria temendo pela saúde da nossa população”, completou.

Gisela também não deixou barato para Abílio e listou todos os gastos do parlamentares em quatro anos de mandato. “O senhor é mais um desses loucos pelo poder, que promete uma coisa e faz outra?”, emendou.

“Todo recurso que gastamos foi para fiscalizar e combate a corrupção para você aparecer aqui quatro anos depois e dizer que vai combater a corrupção. Tudo o que você falou aqui, contra o prefeito, fomos nós que produzimos”, disse.

Direito de resposta

O prefeito Emanuel Pinheiro teve um direito de resposta concedido quanto à fala de Roberto França, que afirmou que a atual administração é exemplo de corrupção.

“Pela sua idade e pela sua história, e pelo apoio a mim e ao meu filho em eleições anteriores, não vou responder à altura tamanha insensatez e loucura. A nossa gestão respeita os servidores e a sociedade”, rebateu. 

O primeiro bloco do debate foi interrompido para transmissão do horário eleitoral gratuito e obrigatório.

Atualizadas às 12:32

2º bloco 

O segundo bloco do debate foi aberto com uma rusga entre Julier e Abílio. O candidato petista questionou o vereador sobre suas propostas voltadas para área da saúde.

O parlamentar, por sua vez, criticou a atual administração e afirmou que pretende implantar o "Zap Saúde" para atender pacientes pelo WhatsApp e enviar resultados de exames.

Julier, entretanto, desconsiderou a resposta de candidato e colocou em cheque a postura do parlamentar, lembrando que Abílio colocou saco de lixo para entrar em um mercado, e que invadiu um hospital e a Secretaria da Mulher.

“Julier, você foi juiz mesmo?", rebateu Abílio. "Tenho lá minhas dúvidas sobre suas capacidades intelectuais. Se como juiz você defende Lula, defende vários esquema aí. Eu sou vereador, eu tenho direito de fiscalizar. Vereador não invade. Eu entrei pela porta de frente. Talvez para ser juiz você tinha bom assessores, para candidato está deixando a desejar”, completou.

Atualizada 12:38

O apresentador Roberto França questionou o atual prefeito sobre as obras que estão paralisadas no município há quase quatro anos, e ainda afirma que Pinheiro não pode se intitular “pai” do novo Pronto Socorre, uma vez que a obra iniciou na gestão anterior, sob o comando do atual governador Mauro Mendes (DEM).

Em resposta o emedebista lista uma serie de obras executas e entregues durante a sua administração, e ignora a fala de França sobre a nova unidade de saúde.

Atualizada às 12:44

As finanças da Prefeitura de Cuiabá fora, motivo de discussão entre Pinheiro e Gisela. Para a ex-superintende do PROCON o novo prefeito de Cuiabá irá encontrar uma “caixa preta” no município no próximo ano.

A candidata afirma que Pinheiro está maquiando os números e ainda frisa que desde março não há repasse ao Cuiabá-prev. 

“Está tudo certo com a Previdência do município. O Cuiabá Prev e o conselho dos servidores podem responder. O que diz não representa a verdade”, rebateu o prefeito.

Gisela insiste e cita um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que supostamente aponta que a prefeitura deixou de repassar cerca de R$ 8 milhões ao Cuiabá-prev.

Emanuel rebateu: “Prefeitura quebrada não paga salários em dia e não faz obras, não é procurada para fazer empréstimos”, encerrou Pinheiro.

Atualizada às 12:59 

O candidato pelo PSol, Gilberto Lopes questiona a postura de Julier. “O senhor sempre foi um juiz midiático. Terá o mesmo perfil que a Selma Arruda, Pedro Taques e Moro?”, questionou.

“Esses são a favor do Bolsonaro. A ala bolsonarista do judiciário deu mal exemplo para o pais. Fui procurador, juiz federal por 19 anos, portanto conheço a maquina estadual, estadual e municipal, e revelei o crime organizado. Estou preparado”, rebateu.

A fim de alfinetar o prefeito da Capital, o vereador Abílio Junior questionou o candidato pelo PSol se ele concorda com a frase “rouba, mas faz”.

“Isso está na cultura da política, prevalece há muito tempo, está aí a família Campos. As propagandas mostram uma cidade surreal, essa cidade não existe”, criticou Gilberto. 

O fato fez com que Pinheiro pedisse direito de resposta, o qual está sendo analisado pela produção do programa.

Atualizada às 13:23

O candidato a prefeito de Cuiabá pelo Partido dos Trabalhadores (PT) Julier Sebastião, não tem poupado críticas ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) durante o ultimo debate entre os postulantes ao comando da Capital. 

No terceiro bloco o emedebista questionou o ex-juiz federal sobre o saneamento e afirmou que atualmente Cuiabá passa por uma revolução embaixo da terra, devido às obras que vem sendo executadas.

“Revolução embaixo da terra? Só se os mortos levantarem. Não houve ampliação da rede de esgoto. Hoje, somente 40% da população tem acesso a rede de esgoto e60% ao abastecimento de água. Isso é incompatível com a revolução embaixo da terra, porque pelo que eu saiba, desde Lázaro não sai ninguém de baixo da terra”, criticou.

Pinheiro, contudo rebateu dizendo que o candidato demonstra total desconhecimento e garante que irá investir R$ 700 milhões em saneamento básico nos próximos quatro anos.

Atualizamos às 13:33

Pela primeira vez durante todo o debate o prefeito e Abílio trocam farpas de forma direta. Lembrando o afastamento de quatro secretários municipais, o parlamentar questionou o emedebista sobre combate a corrupção. Para o vereador, o atual chefe do Executivo Municipal não se preocupou com isso durante a sua administração.

Pinheiro procurou não cair na provocação, mas classificou Abílio como “despreparado". Ele afirma que o parlamentar usa frases de efeito e falas vazias para chamar a atenção, uma vez que não entende da máquina pública.

Apesar disso, afirma que afastou todos os investigados e frisa que não há nenhum fato que envolva a sua pessoa. Ainda coloca que todos os contratos que estão sob investigação são oriundos da gestão passada.

Abílio, entretanto, não deixa barato e afirma que não quer a experiência do "paletó", e ainda o alfineta pedindo para que ele mostre o que ele tem no bolso do colete que usa no debate, fazendo um trocadilho com o caso do paletó e das esmeraldas.

Atualizada às 13:47

O episódio do paletó voltou a ser tema de discussão. O apresentador Roberto França questionou novamente o atual prefeito sobre o tema. “Não seria a hora para esclarecer esse assunto?”, disse.

“É um jogo combinado. O senhor não é o mais adequado para falar em corrupção. O senhor é condenado, já em primeiro grau. Não venha dar uma de bom, uma de sério, com uma gestão complicada que humilhou o servidor publico de Cuiabá, fruto de uma má gestão, mau planejamento, desordem. Eu tive que resgatar Cuiabá, que hoje é um verdadeiro canteiro de obras”, rebateu o emedebista.

França, contudo não deixou barato. “Há uma diferença grande entre eu o senhor. Não fomos processados por corrupção. Não adianta querer me nivelar com você. Você tem que lavar a boca para falar de Roberto França. Você não tem moral”, disse.

Neste momento, enquanto os candidatos trocavam acusações, o apresentar Antonio Carlos informou que o microfone de ambos foram suspensos até que os ânimos se acalmassem. 

Aécio Rodrigues também caiu de gaiato na discussão e criticou a postura de seus adversários. “É uma vergonha. Uma briga de quem tem menos processo. Cuiabá não merece isso, discursos de políticos de carterinha, precisamos mudar isso”, disse.


 

 
 
 

 
 
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