Mato Grosso vive, neste mês de março, o pior cenário da pandemia do novo coronavírus já enfrentado no Estado. Em meio à situação caótica de falta de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), os altos registros de óbitos que ocorrem diariamente. Apenas na primeira semana de março, foram 215 óbitos registrados, em decorrência de complicações da doença.
Levantamento do Leiagora junto aos dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde apontou que, de 1º a 8 de março, 12.521 pessoas tiveram o diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus confirmado. O número representa uma média de 1.565 casos por dia.
Em comparação com o mesmo período do mês anterior, o crescimento no número de óbitos foi de 16,8%. Isso porque, do dia 1º ao dia 8 de fevereiro, Mato Grosso registrou 184 casos fatais de covid-19. Já as notificações de infecção cresceram 22,8%. Entre 1ª e 8 de fevereiro, foram confirmados 10.188 novos casos de coronavírus, ou seja, 2.333 a menos que neste mês de março.
Mortes de março
Conforme o relatório da SES-MT, 30% das 215 vítimas da covid-19 não apresentavam nenhuma comorbidade, ou seja, 65 pessoas. Com relação , a faixa etária em que mais se registrou casos fatais foi a dos 61 a 70 anos (26,15% das mortes), seguida dos idosos de 71 a 80 anos (21,5%) e de adultos de 51 a 60 anos (16,9%).
Segundo a Secretaria de Saúde, as doenças pré-existentes, como diabetes e até cardiopatia, contribuem para o agravamento do quadro de covid-19 nos pacientes. Por isso, portadores de comorbidades são considerados do grupo de risco para a doença.
No caso das outras 70% das vítimas, que já tinham alguma doença pré-existente, ou seja, 150 pessoas, o maior percentual de mortes foi registrado entre idosos de 71 a 80 anos. Eles foram 28,6%. Em seguida, idosos de 61 a 70 anos (22%) e, depois, adultos de 51 a 60 anos (20,6%).
Nesse grupo das comorbidades, chamou a atenção a morte de uma jovem de 27 anos, moradora de Primavera do Leste, registrada no último domingo (7). Ela foi a vítima mais nova registrada em março.
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