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Notícias / Judiciário

03/04/2021 às 14:00

Justiça determina que prisão de Paccola seja investigada pela Corregedoria da PM

Vereador foi alvo da operação Coverage em 2019, quando foi preso em casa

Camilla Zeni

Justiça determina que prisão de Paccola seja investigada pela Corregedoria da PM

Foto: MídiaNews

O juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá, especializada da Justiça Militar, determinou que a Corregedoria da Polícia Militar investigue a prisão do vereador e militar aposentado tenente-coronel Marcos Eduardo Ticianel Paccola no âmbito da Operação Coverage.

A operação foi deflagrada em agosto de 2019 pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), após investigação por organização criminosa, embaraço de investigação, falsidade ideológica, fraude processual e inserção de dados falsos em sistema de informações. 

Além de Paccola, outros quatro militares foram denunciados por se valerem de seus cargos e funções em prol de organização criminosa. São eles Cleber Ferreira, Sada Ribeiro Parreira e Thiago Satiro Albino. 

Conforme o Ministério Público, a alteração no registro de uma arma de fogo teria tido o objetivo de ocultar a autoria de três homicídios e quatro tentativas de homicídio entre 2015 e 2016 pelo grupo de extermínio conhecido como Mercenários. 

Na época da operação, Paccola foi o único que não foi preso por, após vazamento da informação, conseguir um habeas corpus adiantado no Tribunal de Justiça. Contudo, duas semanas ele depois teve o mandado de prisão cumprido, em um domingo.

Segundo a defesa do tenente-coronel, o cumprimento se deu por volta das 19h, dentro de sua casa. Por isso, os advogados alegaram que houve ilegalidades em sua prisão, uma vez que a residência é considerada um local inviolável.

Na decisão, Faleiros deu 10 dias para que sejam disponibilizadas as imagens gravadas no interior da Superintendência de Apoio Logístico e Patrimônio no dia 21 de agosto, quando Paccola teria alterado os registros das armas. 

Faleiros também negou um pedido para a juntada de Ficha de Alterações atualizada dos réus, considerando que cabe aos denunciados provar sua inocência.

Aos 37 anos, Paccola se aposentou da PMMT em março deste ano, após 19 anos e 10 meses de contribuição. 
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