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07/05/2021 às 10:28

ONU pede investigação imparcial de operação que deixou 25 mortos no RJ

Integrantes do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos afirmaram ter ficado 'profundamente perturbados' pelo caso

Metrópoles

ONU pede investigação imparcial de operação que deixou 25 mortos no RJ

Foto: RICARDO MORAES / REUTERS

Nesta sexta-feira (7/5), o Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos, por meio de seu porta-voz Ruppert Colville, em uma coletiva de imprensa, em Genebra, disse que a entidade está “profundamente perturbada” com as 25 mortes na comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro.

“Estamos profundamente perturbados pelas mortes de 25 pessoas numa operação policial”, disse Colville. Para a ONU Direitos Humanos, a operação confirma que a polícia, no Brasil, se excede no uso da força e da autoridade.

Ainda segundo o porta-voz, o modelo de segurança pública em comunidades está errado e uma investigação imparcial deve ser aberta para investigar o caso.

A organização não nega a existência do crime organizado e do tráfico de drogas nas comunidades, mas contesta a abordagem utilizada pelos militares.

“A forma de lidar com isso é com responsabilidade por parte das autoridades para garantir que a população civil, mulheres e crianças não sejam afetados”, salienta Colville.

Segundo Colville, o governo tem a responsabilidade de “equilibrar o policiamento necessário no caso de atividades criminosas com sua responsabilidade até maior de proteger a população civil de mortes e ferimentos, além de crimes”.

Operação Exceptis

Na quinta-feira (7/5), um intenso tiroteio na Favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro, deixou pelo menos 25 mortos, entre eles um policial, e dezenas de pessoas feridas. Dois policiais também foram atingidos de raspão no braço e panturrilha e têm quadros estáveis.

Ao todo, 21 traficantes foram identificados e são procurados pela polícia local. Segundo a Polícia Civil, são 24 suspeitos mortos e o agente.

Em nota, a Polícia Civil informou que a ação, batizada de Operação Exceptis, é resultado de investigação contra a organização criminosa que atua na comunidade e coordenada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

O grupo é investigado pelo aliciamento de crianças e adolescentes para integrar a facção que domina o território, explorando os menores para práticas como o tráfico de drogas, roubo de cargas, roubos a transeuntes, homicídios e sequestros de trens da Supervia, dentre outros crimes praticados na região.

O confronto interrompeu a circulação dos transportes públicos na região, além de ter provocado o fechamento de escolas e de unidades de saúde, suspendendo, entre outros serviços, a vacinação contra a Covid-19.

O MetrôRio informou que os “dois clientes foram atingidos na altura da estação de Triagem, após o vidro de uma das composições aparentemente ser atingido por projétil”. Os passageiros feridos foram socorridos e também têm quadros estáveis.
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