A Comissão Intergestora Bipartite (CIB) de Mato Grosso vai atender a um pedido de “socorro” do município de Cuiabá e enviar 4,3 mil doses de Coronavac para serem aplicadas como segunda dose na população. Entretanto, uma resolução contra a inclusão de novos grupos prioritários foi baixada.
A informação foi revelada pelo secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, em entrevista à Capital FM nesta quinta-feira (20). Segundo ele, que é presidente da CIB, a resolução vai ser encaminhada para todos os municípios.
“A nossa resolução vai ser publicada hoje. A gente vai socorrer o município de Cuiabá para que ele possa equalizar essa diferença, mas ele também já foi devidamente alertado para cumprir fielmente o que está estabelecido no Plano Nacional de Imunização, não adiantando vacinação de públicos que, nesse momento, não estejam elencados como prioridade”, informou Gilberto.
O gestor não descartou a possibilidade de que o município tenha sofrido perdas técnicas, como afirmou a secretária municipal de Saúde, Ozenira Félix. Entretanto, afirmou que o caso precisa ser melhor justificado à CIB.
Gilberto também acredita que o fato de pessoas não previstas no Plano Nacional de Imunização terem sido incluídos para a vacinação foi um dos fatores que geraram a falta de doses na Capital.
“Há sempre uma necessidade de se ter um controle mais rígido, para que não se perca e não aconteça o que está acontecendo hoje, que muitas pessoas que já precisariam de ter tomado a segunda dose ainda não conseguiram pela falha no nosso planejamento. Esses fatores ligados à perda técnica são previsíveis, mas temos outras condicionantes que estão concorrendo para que esse número de Cuiabá, que ficou faltando segunda dose, fosse um número tão significativo”, afirmou o secretário.
O pedido de pelo menos 4,2 mil doses foi feito pela secretária Ozenira Félix depois que o município identificou falha na campanha de vacinação da Capital. Segundo a Prefeitura de Cuiabá, pelo menos 2,5 mil pessoas que moram no interior do Estado teriam tomado a segunda dose em Cuiabá.
Em relação ao caso, Ozenira informou que uma sindicância foi aberta para apurar se foi apenas falha dos trabalhadores da campanha ou se houve fraude por parte dos moradores do interior. O Ministério Público também já teria sido acionado sobre o caso.
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