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06/08/2023 às 17:02

Prefeito cita R$ 200 milhões e defende estadualização do Parque de Chapada dos Guimarães

Da Redação - Renan Marcel / Reportagem local - Jardel P. Arruda

Prefeito de Chapada dos Guimarães, Osmar Froner (MDB) defendeu a estadualização do Parque Nacional que leva o nome da cidade. Para ele, o governo de Mauro Mendes (União Brasil) tem maior capacidade de realizar os investimentos necessários na infraestrutura da unidade de conservação e isso de forma mais célere que as empresas privadas que disputaram a concessão pelo governo federal.

O parque foi concedido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), na gestão de Jair Bolsonaro (PL), para a empresa Parques Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura, chamada de “ParqueTur”. Contudo, a concessão foi anulada por unanimidade pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que determinou  retomada da licitação, do zero.

Desde então, Mauro vem tentando viabilizar uma cessão direta do governo federal para a MT Participações e Projetos, a MTPar.

Recentemente, o governador esteve reunido com o ministro da Casa Civil, Rui Costa., ocasião em que reforçou o pedido para que o Parque tenha a administração entregue ao Estado.


A ParqueTur tinha previsão de investir R$ 18 milhões nos três primeiros anos e o edital tem validade 30 anos. O governo, por outro lado, concorreu e perdeu, mesmo com uma proposta de R$ 200 milhões em investimentos.

"A empresa que participou é a ParqueTur, que tem uma grande experiência em administração de parque. Mas o governo, pela vontade do governador Mauro Mendes, me parece que tem um aporte financeiro muito maior. E que poderia acontecer os investimentos em infraestrutura no parque em um tempo menor, colocando isso à disposição da sociedade", argumentou Froner.

O prefeito lembrou também que, no passado, a comunidade local se envolvia mais nas questões relativas ao parque, mas com a chegada da administração federal, segundo ele, houve um distanciamento. Froner diz ainda que a gestão da unidade de conservação requer um corpo técnico especializado, diante da diversidade de fauna e flora e da complexidade da área de transição que é o Cerrado.

"Eu fui prefeito quando se criou o parque em 1989. Era o Ibama, depois com o ICMBio. O parque é uma área de conservação riquíssima de fauna, flora, paisagens, belezas cênicas, cachoeiras. A nossa comunidade participava muito, mas com a implantação dos órgãos governamentais federais nossa população teve pouca oportunidade", disse.

"Então, queremos acreditar que é importante o Estado tomar posição, buscar essa gestão, mas precisa ser com muita responsabilidade. O parque nacional, pela sua estrutura de topografia, de vegetação, de riqueza animal, exige um corpo técnico muito capacitado para cuidar de todo aquele patrimônio que é de todos nós", concluiu.
 
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